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Redações Corrigidas - Julho/2016 Escravizar é humano?

A maior parte das pessoas vítimas da escravidão moderna trabalha em indústrias como agricultura, pesca, construção, confecção têxtil, mineração, serviços e trabalho doméstico.  - OIT/Radio ONU
A maior parte das pessoas vítimas da escravidão moderna trabalha em indústrias como agricultura, pesca, construção, confecção têxtil, mineração, serviços e trabalho doméstico. Imagem: OIT/Radio ONU

Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação

01/07/2016 07h00

A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão.

 

  • Panorama atual

    Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com a Walk Free, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta.

    [UOL Notícias]

  • Consequências da escravidão

    A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo.

    [50 for Freedom]

  • A situação brasileira

    Segundo a Walk Free, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida.

    [UOL Notícias]

  • Observações

    Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;

    Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;

    Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;

    A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;

    De preferência, dê um título à sua redação.

    Envie seu texto até 25 de julho de 2016.

    Confira as redações avaliadas a partir de 1 de agosto de 2016.

    A redação deve ser enviada para o e-mail: bancoderedacoes@uol.com.br

Redações corrigidas

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Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

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