Texto fraco, de caráter expositivo e não argumentativo. Veja a diferença aqui. Tem problemas de linguagem e de conteúdo, a começar do fato de não levar em consideração o tipo específico de filantropia apresentado no tema: doações significativas de grandes fortunas para fins sociais. Há trechos confusos, que carecem de mais explicações para se tornarem claros. O parágrafo final se encerra com uma referência inadequada a um suposto destinatário (indicado pelo pronome na segunda pessoa do singular), que não estava no horizonte do texto até então.

1) Primeiro parágrafo: o texto começa atacando a péssima atitude de criticar a filantropia. Mas quem está criticando a filantropia? Certamente, não é a proposta da redação. Então, em vez de combater essa suposta crítica, o autor devia começar declarando que a filantropia lhe parece útil por complementar ou suplementar as ações ou a inação do governo.

2) Segundo parágrafo: a) há uma diferença entre caridade e filantropia, particularmente no tipo de filantropia de que trata a proposta de redação. b) A filantropia não se restringe a ajudar pobres e miseráveis. Igualmente, não visa acabar com a desigualdade social. c) Por que o autor fala em forma terapêutica de fazer o bem? Por que essa forma é terapêutica? d) Não são todos os norte-americanos. Só os magnatas.

3) Terceiro parágrafo: há muitas formas de conseguir audiência sem fazer filantropia. Então, que mal há em conseguir audiência com filantropia?

4) Quarto parágrafo: a) O primeiro trecho em vermelho não faz muito sentido. É difícil saber ao certo o que o aluno está tentando dizer. Ele escolheu mal as palavras e as combinou inadequadamente, no que se refere ao seu sentido. b) Se a iniciativa é so setor privado, como ele vai criar fundações públicas, isto é, estatais? c) Com quem o autor estabelece inesperadamente um diálogo, empregando o te, caso oblíquo de tu, pronome de segunda pessoa, que muito poucos sabem usar corretamente? Isso subverte o tom impessoal que o texto tinha desde o começo.