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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2016 Estupro: como prevenir esse crime?

Redação corrigida 300

Práticas Inaceitáveis

Inconsistente Erro Correção

No que se refere aos crimes hediondos praticados em âmbito social, especialmente o estrupo estupro, que fere os direitos humanos, é possível afirmar que essa prática começa através do assédio. Isso se evidencia não apenas por ideologias passadas enraizadas na população, mas também pela baixa idade das vítimas.

Segundo Sócrates, uma vida que não é refletida não vale a pena ser vivida. Hoje, os meios de comunicação vêm ajudando a sociedade no entendimento de que o sexo feminino têm tem os mesmos direitos de qualquer outro gênero. Nesse sentido, deve respeitar e punir algum ato que ataque a ética Ética, apagando as marcas do passado, onde em que as mulheres eram tratadas como “produto”, desvalorizando os diretos direitos civis.

Além disso, segundo o portal de notícias da Globo (G1), a maioria das denúncias vítimas de abuso são de jovens. Os casos têm se tornado frequentes frequentes, principalmente em cidades metropolitanas grandes cidades, uma vez que que, através das redes sócias sociais, vários encontros são marcados aonde o agressor pratica o delito. A Biologia nos mostra mostra, com Darwin que, nem Darwin, que nem sempre é o mais forte que sobrevive, mas aquele capaz de se adaptar às novas circunstâncias. Neste caso Nesse caso, a sobrevivência em consonância com a dignidade estão está ao lado daquelas que têm tido informação e forças para denunciar.

O Governo, portanto, deve investir amplamente na educação da sociedade e pontualmente na conscientização da família acerca dos mecanismos de coibição contra a violência sexual. Oferecendo incentivo às empresas para financiar campanhas e projetos em prol dos adolescentes de baixa renda que vivem em situações preocupantes.

Comentário geral

Texto fraco, com grande parte comprometida por erros conceituais e expressões ambíguas. O autor não consegue passar da exposição de alguns fatos, sem conectá-los entre si, sem estabelecer relações, de modo que eles se tornem premissas de uma argumentação. O texto não é uma dissertação, mas um aglutinado de declarações avulsas sobre o tema, muitas das quais são lançadas e deixadas de lado. Os problemas vão se agravando ao longo do texto e o autor perde completamente o fôlego, até chegar ao último parágrafo com propostas excessivamente genéricas e com o foco em questões que vão além do estupro.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) a rigor, o único crime que se pode praticar fora do âmbito social é o suicídio. Todos os outros ocorrem em âmbito social. b) Só o estupro fere os direitos humanos? Cremos que não, mas é o que o autor do texto diz. c) Essa prática refere-se, pela lógica e pela sintaxe, a crimes hediondos e nem todos os crimes hediondos começam pelo assédio. O autor não percebe ao que conduzem as afirmações que vai fazendo. d) Por ideologias passadas, o autor quer dizer mentalidade ultrapassada, contudo escolheu uma expressão ambígua. De resto, o estupro não é praticado somente contra crianças e adolescentes, mas contra mulheres de todas as idades.

2) Segundo parágrafo: a) citar Sócrates é bom, mas melhor seria dizer de que modo a citação se relaciona ao que vem a seguir, com o contexto em que ela é feita. b) O deve respeitar e punir está sem sujeito, que tanto pode ser a sociedade, quanto os meios de comunicação. Cabe a quem faz a afirmação determinar de quem ou do quê está falando. c) o estupro não é o único ataque à Ética que existe, então o autor já está falando de outro tema. d) Por apagar as marcas do passado, o autor parece querer dizer superar o passado, pois as suas marcas, particularmente nesse caso, são inapagáveis. e) além do gerundismo, apagando e desvalorizando também não têm sujeito. Além disso, certos direitos civis simplesmente inexistiam no passado e, portanto, não podiam ser desvalorizados.

3) Terceiro parágrafo: a) não é verdade que o problema ocorra somente em grandes cidades. Um caso recente aconteceu em Castelo do Piauí (PI), um município com cerca de 20 mil habitantes. b) Os encontros são marcados pelas redes sociais e não necessariamente no local onde o agressor pratica o crime, como o autor dá a entender. c) A transposição da Biologia darwiniana para a vida social é um enorme equívoco, que, sempre que foi levada a sério, resultou em ideologias nefastas como o fascismo e o nazismo. De resto, acreditar que só mulheres bem informadas conseguiriam superar o trauma do estupro com dignidade é uma ideia que chega a ser preconceituosa.

4) Quarto parágrafo: é fácil jogar toda a responsabilidade pela solução do problema no Governo. É uma solução que vale, inclusive, para qualquer problema. À sociedade civil não cabe senão esperar as providências governamentais. O autor tem o direito de acreditar nisso, mas tem que entender que essa proposta de solução é de tal forma genérica, que não tem um caráter prático. O texto se encerra com uma oração subordinada reduzida de gerúndio (Oferecendo...), sem uma oração principal a que ela esteja subordinada. E não se trata exclusivamente de um problema de pontuação.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 50
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 300

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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