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Antonio da Silva Jardim Jornalista e político fluminense

18/8/1860, Capivari de Cima, hoje Silva Jardim (RJ)

1/7/1891, Nápoles, Itália.

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

25/08/2005 15h44

Antonio da Silva Jardim fez os estudos preparatórios em Niterói e transferiu-se a seguir para o Colégio São Bento, na cidade do Rio de Janeiro. Ali, no jornal dos alunos, publicou aos 16 anos seu primeiro artigo político, que tratava de Tiradentes. Em 1878, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde passou a resididir.

Rapidamente tornou-se conhecido como orador destacado e escreveu, em colaboração com Valentim Magalhães, "Idéias de Moço". Ao mesmo tempo, tornou-se redator e revisor do jornal "A Tribuna Liberal". No início da década de 1880, como grande parte da intelectualidade brasileira, aderiu ao positivismo de Auguste Comte e inaugurou o primeiro centro positivista de São Paulo.

Formando-se em 1882, logo trocou a advocacia pelo magistério. Casou-se com uma filha do conselheiro Martim Francisco de Andrada e, em 1884, abriu em sociedade com um autor de livros didáticos a Escola Neutralidade, de ensino primário e laico, o que era uma iniciativa ousada para a época, quando, sob o regime monárquico, Estado e Igreja estavam unidos.

Silva Jardim realizou o primeiro comício republicano do Brasil, em Santos, em 28 de janeiro de 1888. A partir de então e até o fim do ano seguinte, dedidcou-se à campanha republicana, percorrendo cidades paulistas, fluminenses e mineiras para divulgar o novo regime político.

Entretanto, por seu radicalismo, foi excluído do movimento que resultou na proclamação da República e do primeiro governo republicano. Frustrado e sentindo-se traído por antigos companheiros, exilou-se na Europa. Numa visita ao Vesúvio, em Nápoles, caiu numa fenda que se abriu repentinamente na cratera do vulcão.