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Gilberto Gil Compositor, letrista e cantor brasileiro

26/6/1942, Salvador (BA)

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Inventivo e livre ao elaborar suas canções, Gilberto Passos Gil Moreira, um dos maiores nomes da música popular brasileira, é um verdadeiro sincretismo musical. Transitando entre o baião, o funk, o rock, o afoxé, o samba, o reggae, o pop e a bossa nova, suas composições, de grande riqueza rítmica e melódica, mesclam a modernidade da vida urbana, como a tecnologia, aos elementos da cultura popular brasileira, como o carnaval, a religiosidade e a cultura africana, sem deixar de cantar o amor e a amizade. Nascido em Salvador, na Bahia, passou seus primeiros oito anos de vida em Ituaçu, em meio à banda local, aos sanfoneiros, aos cantores e violeiros, à música de Bach e Beethoven e de grandes ídolos do rádio, em especial Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Em Salvador, formou-se em Administração de Empresas e conheceu, em 1963, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Tom Zé, com quem se apresentou em público pela primeira vez com o show "Nós, por Exemplo", no Teatro Vila Velha (1964). Formado, conseguiu um estágio na Gessy Lever e mudou-se para São Paulo. Em 1966, concorreu como compositor no I Festival Internacional da Canção, da TV Rio, com "Minha Senhora", na voz de Gal, e no II Festival de MPB, da Record, com "Ensaio Geral" (classificada em 5ª lugar), cantada por Elis Regina. Em 1966, Elis Regina gravou "Louvação". Com o sucesso da música, foi convidado a gravar seu primeiro LP, "Louvação", e abandonou a carreira de administrador. Influenciado pelos fenômenos da contracultura, pelo psicodelismo dos Beatles, pela montagem de "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade, dirigida por José Celso Martinez Corrêa, e pelos filmes de Glauber Rocha, iniciou o movimento tropicália, cujo deboche e irreverência revolucionaram a música popular brasileira. Durante o III Festival de MPB da TV Record, em 1967, com "Domingo no Parque" (cantada com os Mutantes), causou polêmica e obteve o 2ª lugar. Ao lado de Caetano Veloso, Gal, Rogério Duprat, Torquato Neto e os Mutantes lançou o disco "Tropicália ou Panis et Circensis" (1968). Com o Ato institucional número 5, foi preso e obrigado a exilar-se. Depois de passar dois meses na prisão, gravou "Aquele Abraço" e partiu para Londres (1969), onde lançou o disco "O Sonho Acabou". Regressou ao Brasil em 1972, quando surgiu "Expresso 2222", "Refazenda" (1975), "Os Doces Bárbaros" (1976), "Refavela" (1977), "Refestança" (1977), "Realce" (1979), revisitou a tropicáilia com Caetano Veloso, em "Tropicália II" (1993), gravou "Unplugged" (1994) e "Quanta" (1997). Gilberto Gil foi premiado com o Grammy na categoria de World Music em 1999, com o disco "Quanta Gente Veio Ver".