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John McCain Candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos

Base Naval Americana na Zona do Canal de Panamá, 29/08/1936

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

08/09/2008 10h13

Filho e neto de almirantes da Marinha de Guerra norte-americana, John Sidney McCain III se formou na Academia Naval de Annapolis, em Maryland (EUA) em 1958. Serviu como aviador na Marinha e participou da Guerra do Vietnã.

Depois de cumprir várias missões no Sudeste asiático, seu avião foi abatido pela artilharia anti-aérea norte-vietnamita, em 1967. McCain foi feito prisioneiro e permaneceu encarcerado cinco anos, tendo sido vítima de tortura e maus tratos. Libertado, retornou aos Estados Unidos em 1973, com algumas seqüelas físicas da prisão.

Entrou para a política em 1982, elegendo-se pelo Arizona para a Câmara dos Representantes. Reelegeu-se como deputado em 1984 e, dois anos depois, candidatou-se para o Senado. Conquistou a vaga de senador e reelegeu-se por três legislaturas (1992-1997; 1998-2003; 2004).

Tem manifestado posições políticas consideradas independentes em relação ao Partido Republicano, no qual milita. Desenvolveu uma campanha para restringir a influência do poder econômico nas eleições americanas.

Também se destacou por um temperamento explosivo que o envolveu em episódios equívocos, como o fato de ter feito uma piada de mau-gosto com a filha de Bill Clinton, pelo qual teve de desculpar-se publicamente.

Concorreu com George W. Bush pela indicação à candidatura à Presidência da República pelo Partido Republicano em 2000. Derrotado, manteve-se no senado e anunciou novamente sua candidatura em 2007, concorrendo com nomes de destaque do Partido, como Rudolph Giuliani, o ex-prefeito de Nova York, Mike Huckabbe, ex-governador do Arkansas, e o senador Fred Thopson.

McCain surpreendeu a todos ao indicar Sarah Palin, a governadora do Alasca, para candidata a vice-presidente em sua chapa. Considerada conservadora, Palin é jovem e, antes do atual, exerceu apenas o cargo de prefeita numa pequena cidade do Alasca, Estado que, num certo sentido, encontra-se à margem da vida nacional norte-americana.

A derrota de McCain começou a se configurar a partir de setembro de 2008, quando a crise do setor imobiliário nos Estados Unidos revelou uma amplitude muito maior do que até então se imaginava e a economia do país, assim como a do mundo, dava indícios de caminhar para uma recessão de proporções não dimensionadas.

Além disso, o senador tinha contra si o desgaste do presidente George W. Bush e do Partido Republicano, há oito anos no poder e responsabilizados tanto pela situação no Iraque, quanto pela crise econômica.