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Alunos de Alta Performance

07/03/2012 10h51

Alta Performance é um conceito criado por mim que se baseia em: 1. ser ético; 2. fazer o melhor possível; 3. pensar o melhor possível e 4. comparar seus resultados com os dos outros.

1. Ser ético: O ser humano tem o poder da decisão da maioria dos seus atos. É ético quando o caminho escolhido é o certo e do bem, e não ético quando é incorreto e do mal. A criança desenvolve este poder a partir da educação que recebe dos pais ou substitutos.

2. Fazer o melhor possível não pode ser confundido com o “fazer o que está acostumado”, pois ninguém sente falta do que não conhece. É não fazer desperdícios de pessoas,  tempo e material.

3. Pensar o melhor possível: Para seres racionais como o ser humano, a riqueza está na educação, na qualidade e quantidade dos pensamentos, construídos pela educação.  

4. Comparar o seu resultado com o dos outros. É o caminho percorrido e o resultado obtido que mede o efeito das ações. O conceito melhor é uma qualificação entre outras ações semelhantes. Esta medida somente existe quando se compara os resultados obtidos pelos outros.

Assim, um aluno para chegar à Alta Performance tem que receber as melhores aulas e orientações educacionais e desenvolver dentro de si os seus valores.

Hoje, sabemos que a educação de uma criança depende do que ela recebe dos seus pais em casa e das aulas que recebe na escola. A primeira tem a finalidade de educação familiar e a segunda, socialização comunitária ou educação formal. Os pais não substituem a escola, nem o inverso é verdadeiro. A criança depende dos dois: pais e professores.

Nunca se falou tanto na parceria pais e educadores na educação dos alunos. As pesquisas batem em todos os países: quando os pais acompanham os estudos dos filhos, estes melhoram muito o seu rendimento escolar. Há décadas que luto por uma educação melhor, pois a política educacional brasileira não cumpriu a sua parte educativa nas escolas. Um exemplo dos mais gritantes foi o da aprovação sistemática, sem um mínimo de meritocracia. Recebiam-se diplomas por presença física e não por competência e, assim, saíram milhões de analfabetos funcionais... Suas consequências imediatas foram: falta de preparo de uma geração por ter baixa performance, desrespeito aos professores, escola e Educação.

Não há parâmetros fáceis de serem utilizados para se medir a educação familiar como há na escolar. A escola é uma organização que tem uma programação, hierarquização, medidas de resultados, critérios de avaliação etc. Os professores podem receber preparos especializados em atendimentos a pais. Os pais têm que aprender a serem educadores familiares. Nada mais justo que os que sabem mais e estão mais organizados que ensinem aos perdidos e atônitos pais quando um filho não quer estudar...

Vários pontos têm que ser abordados na parceria pais e educadores para a educação de uma criança:

- Aplicação da meritocracia na escola e em casa;

- Quando o pai diz vinho, a escola diz água, a criança “disanda” (licença literária do desanda)... O princípio de coerência, constância e consequência tem que ser seguido por todos;

- Estudar é uma obrigação onde não cabem acordos nem negociações;

- Lição de casa é uma obrigação diária que tem que ser verificada e, se necessário, cobrada pelos pais diariamente;

- Os pais devem acabar com o decoreba de véspera de provas, pois isso não é aprendizado consistente;

- A eficácia tem que ser estimulada, ensinada e cobrada: sem desperdícios de pessoas, tempo e material;

- Os pais e professores são parceiros na educação e não inimigos. Parceria significa ajuda mútua e inimigos, destruição mútua.

Mais dicas sobre esta parceria encontram-se no meu mais recente livro "Pais e Educadores de Alta Performance", Integrare Editora, 2011.