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TV Digital - Qualidade de imagem com interatividade

Manuela Martinez, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Pouco mais de 57 anos após a inauguração da primeira emissora no país (a extinta TV Tupi, no dia 18 de setembro de 1950), 42 anos depois do início das transmissões da Rede Globo (maior emissora do país) por Roberto Marinho, e 35 anos depois do surgimento da TV em cores (31 de março de 1972, Festa da Uva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul), a televisão brasileira passa por sua maior revolução. Desde 2 de dezembro de 2007, a TV digital funciona no país.

A mudança de sistema chega para transformar radicalmente o entretenimento mais popular do Brasil. Dados de 2007 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que 50 milhões de residências (163 milhões de pessoas) possuíam pelo menos um aparelho de televisão no país.

Como todo grande processo de revolução tecnológica, a TV digital chega por etapas. No primeiro momento, apenas telespectadores da Grande São Paulo poderão acompanhar as transmissões das emissoras abertas. Em 2008, de acordo com o governo, o sistema estará disponível para outras capitais.

Mesmo assim, ainda vai demorar muito para a migração completa para o sistema digital: somente em 2016 as transmissões analógicas serão interrompidas. O endereço http://www.forumsbtvd.org.br/materias.asp?id=55 oferece o calendário completo para a implantação da TV digital.


 

Interatividade

Inicialmente, os telespectadores vão perceber uma grande diferença na qualidade da imagem e do som da TV digital. A maior parte dos programas vai chegar até a casa do telespectador no sistema padrão de qualidade, o SD. Embora muito melhor do que o sistema analógico, o SD é bem inferior à alta definição, conhecido como HD ou full HD. Este formato somente poderá ser observado em aparelhos de alta definição.

Mais à frente, o grande salto: a interatividade, que vai permitir a participação em pesquisas instantâneas, fazer compras, pagar contas e reprisar cenas preferidas, por exemplo. Com a TV digital, a transmissão do sinal será feito de forma contínua, ao contrário do que acontece no sistema analógico, que sofre com os ruídos, chuviscos e borrões na recepção das imagens.

No novo sistema, a imagem chegará à casa do telespectador com a mesma qualidade que sai da emissora. A TV digital brasileira tem como padrão o modelo japonês, que privilegia a qualidade de imagens e a transmissão para outras mídias, principalmente o celular. No Japão, desde 2006 os celulares já podem receber o sinal de televisão. Apesar de ser o mesmo modelo, o sistema sofreu adaptações para atender à realidade brasileira.



Conversor

Enquanto os fabricantes de televisão prometem colocar no mercado aparelhos com conversores embutidos em 2008, quem quiser usufruir dos benefícios da TV digital antes necessita comprar um conversor e uma antena UHF, que pode ser interna ou externa. A antena deverá ser conectada ao conversor.

Para obter todas as vantagens da nova tecnologia, o consumidor deverá ter, necessariamente, um aparelho preparado para a TV digital, com tela de 480, 720 ou 1.800 linhas horizontais, sendo que a resolução (qualidade da imagem) é melhor quanto maior é o número de linhas.

Outra vantagem oferecida pela TV digital é o formato 16:9, padrão no cinema. Essa medida oferece um campo de visão bem maior do que o padrão utilizado nos televisores analógicos, que é o 4:3.

As emissoras fechadas (por assinatura) também vão aderir ao sistema e anunciaram que, a partir de 2008, colocarão à disposição dos assinantes os conversores aptos a receber a imagem digital.

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