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União Européia - Bulgária e Romênia são integrados à comunidade

Cláudio Mendonça*, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Quando, há 50 anos, seis países assinaram o Tratado de Roma, a Europa deu o primeiro passo de integração econômica e social. Em 1957, foi criada a Comunidade Econômica Européia (CEE), considerada por muitos como um ato excêntrico. Por longo tempo a CEE funcionou como um Mercado Comum, estabelecendo a livre concorrência através da livre circulação de mercadorias e da aplicação das mesmas tarifas externas com os não integrantes da comunidade.

O livre trânsito de pessoas só foi possível em 1985 e, apenas, entre alguns países do bloco. Neste ano foi firmado o Acordo de Schengen entre Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, Alemanha e França que eliminou as restrições para a circulação de pessoas, o que não implicava permissões para trabalho ou para o estabelecimento de residência.

Foi criado então o visto de Schengen, ampliado e usado até hoje inclusive por países não integrantes da União Européia como a Noruega, Islândia e Suíça, mas não aceito pela Irlanda e Reino Unido. Esses dois últimos países, em relação às clausulas do acordo, matêm hoje apenas a participação na cooperação policial e judicial e no sistema de informação criminal europeu.

A formação da União Européia e o tamanho do bloco

A União Européia (UE) foi criada oficialmente em 1992 através do Tratado de Maastricht que substituiu o Tratado de Roma. Contava apenas com 12 países: Alemanha, França, Itália, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Reino Unido, Irlanda, Dinamarca, Grécia, Portugal e Espanha. Em 1995 recebeu a adesão da Áustria, Suécia e Finlândia.

Criação do Euro

Em 1999, novo avanço rumo à integração econômica. O euro foi introduzido como moeda para transações financeiras e comerciais em 11 países e, desde 2002, tem sido utilizada como moeda corrente. Em 2007, 13 países mantêm relações mais complexas no interior da UE, conhecida como Zona do Euro (União Monetária).

 

Em 2004 o bloco avançou sobre o leste europeu com a adesão de mais dez países, cuja maioria esteve vinculada ao mundo socialista até o final da década de 1980: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Chipre e Malta.

Em 2007, 50 anos após a assinatura do Tratado de Roma, Bulgária e Romênia entraram na UE, ao mesmo tempo em que a Eslovênia passou a integrar a Zona do Euro.

Agora, com 27 países e 480 milhões de pessoas, a UE forma o maior mercado consumidor do mundo. Forma, também, o maior PIB, com a soma de cerca de US$ 14 trilhões ou 10,8 trilhões de euros, e representa 20% do volume do comércio mundial.

Perspectivas em curto prazo

Os dois novos membros, agora os mais pobres da UE, esperam a chegada de investimentos e apoio do bloco para dinamizarem a sua economia. Os salários abaixo do padrão da UE serão atrativos às empresas européias. Até 2013, serão destinados à Romênia e à Bulgária 44,5 bilhões de euros da UE para que possam ampliar e melhorar a infra-estrutura e o setor agrícola, desenvolver projetos de proteção ao meio ambiente, investir em educação e segurança, entre outros.

Por outro lado, líderes búlgaros e romenos não esperam grandes avanços num primeiro momento. A abertura para o livre trânsito de mercadorias, a competição aberta, comprometerá a sobrevivência de diversas empresas e o conseqüente desemprego. Indústrias alimentícias sofrerão barreiras sanitárias por não cumprirem as regras estabelecidas pela UE.

Ainda aguardam na fila de novas adesões a Croácia, a Macedônia e a Turquia. A Turquia fez seu pedido em 1999, mas a maioria dos países europeus reluta em aceitá-la como membro. Diversos são os argumentos, o desrespeito aos direitos humanos, ao fato questionável de o país ser verdadeiramente europeu e, principalmente, a razão de ser um país muçulmano.


 

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