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SP: recuperação dos alunos é foco da mudança de ciclos do ensino fundamental do Estado

Ana Okada

Em São Paulo

17/02/2011 18h20

Atualizada às 18h40

A recuperação dos alunos com dificuldades é a principal preocupação da secretaria de educação de São Paulo na reforma da progressão continuada da rede, prevista para ser implantada em 2012. O anúncio foi feito pelo secretário Herman Voorwald no primeiro encontro entre a pasta e os professores realizado nesta quinta-feira (17).

"O sucesso dos processos de ensino e aprendizagem se dá na recuperação, ela é fundamental. É importante que a rede se manifeste sobre o que dificulta a recuperação desses estudantes", disse.

 

 

Neste ano, a secretaria irá fazer uma série de reuniões com profissionais da rede para discutir a reorganização dos ensinos fundamental e médio. A ideia é que o fundamental de nove anos tenha três ciclos, com duração de três, dois e quatro anos respectivamente. Ou seja: o aluno poderá repetir nos 3º, 5º e 9º anos. Atualmente, há dois ciclos, de cinco e quatro anos - os estudantes mudam automaticamente de ano e só podem ser reprovados no 5º ou no 9º ano.

Na proposta dos novos ciclos também estão previstas avaliações ao final de cada bimestre. Os alunos que não obtiverem a pontuação necessária para prosseguir, farão recuperação - que pode ocorrer no contraturno, quando houver salas disponíveis, ou durante pausa de uma semana no ciclo regular das aulas. Dessa forma, estudantes que não tiverem recuperação farão atividades de diversificação curricular enquanto ocorre a atividade para alunos com dificuldades nas salas de aula.

Também estão sendo discutidas a criação de escolas-pólos para atividades de reforço escolar; e a criação do "professor de apoio". O estudante com defasagem, segundo a proposta da secretaria, poderia ser matriculado no ano seguinte, desde que continuasse a cursar conteúdos em que tivesse dificuldade.

Carreira
Apesar de não ser o foco das discussões, o secretário contou que já foi abordado pelos servidores sobre a reformulação da carreira na Educação. "A ideia não é fazer [a reformulação] de cima para baixo. Queremos definir o significado da carreira", disse.

A secretaria montou um grupo de trabalho que discutirá mudanças na carreira e receberá sugestões dos profissionais, por meio das diretorias de ensino, até o dia 30 de março.