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Educação é essencial para o crescimento econômico do país, defendem economistas

Da Redação*

Em São Paulo

13/05/2011 18h37

A educação é um dos fatores que contribuem para a manutenção e incremento do crescimento econômico do país, defenderam os participantes do Seminário de Metas da Inflação, promovido pelo Banco Central, no Rio de Janeiro, realizado nesta sexta-feira (13).

Segundo André Portela, da Escola de Economia de São Paulo, da FGV, esse quesito reflete, por exemplo, na qualidade dos trabalhadores. Para Portela, o problema “não é que gastamos pouco com educação, mas é a qualidade do gasto”.

Pelas contas do economista, o gasto público com educação no Brasil chega a 5% do PIB (Produto Interno Bruto), mais do que o que é investido nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que apresentam melhores resultados na área. Mas ele alerta que, nessa conta, é preciso considerar a qualidade do ensino e a evasão escolar que ocorre no Brasil.

"As crianças demoram muito [na evolução escolar] e muitas saem [das escolas] no meio do caminho. As que ficam aprendem muito pouco”, alertou Portela, destacando que a cada 100 crianças que começam no ensino fundamental apenas 20 chegam às universidades.

Leis e impostos
A redução de distorções de leis e da cobrança de impostos também é importante para aumentar a produtividade no Brasil e garantir um crescimento maior e sustentável da economia, defendeu o economista Pedro Cavalcanti Ferreira, da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas, durante o Seminário de Metas da Inflação, promovido pelo Banco Central, no Rio de Janeiro.

Cavalcanti disse que os milagres e desastres do crescimento de um país refletem os milagres e desastres da produtividade dessas nações. Segundo ele, o Brasil coleciona tanto sucessos quanto crises e, hoje, celebra o crescimento econômico, mas com uma produtividade ainda baixa. O economista alertou que, entre os desafios institucionais do país, devem estar priorizadas as reformas e transformações estruturais.

“Uma redução de distorções como regulação para abertura de firma, para contratação de trabalhadores, ou seja, uma simplificação da legislação, a reforma tributária, que o governo está tentando para diminuir a taxação sobre a folha de salário, e talvez um direcionamento do crédito oficial de maneira mais equilibrada, privilegiando menos as grandes empresas e fazendo uma alocação mais por eficiência e por critérios de produtividade do que por critérios de setores importantes”, defendeu.

*Com informações da Agência Brasil