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MP recebe denúncia de câmeras em banheiro de escola infantil em São Sebastião (SP); prefeitura diz que ação evitaria pedófilo

Da Redação

Em São Paulo

06/10/2011 10h56

O Sindserv (Sindicato Dos Servidores Públicos Municipais) de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, apresentou ao Ministério Público estadual denúncia de que uma escola infantil na periferia da cidade teria instalado câmeras nos banheiros feminino e masculino. O MP instaurou procedimento para apurar o caso.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (6) pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. Em entrevista ao jornal, o presidente do Sindserv, Ivan Moreira Silva, afirmou que ao menos nove câmeras estavam instaladas em dois banheiros da escola municipal de educação infantil Mundo Encantado, localizada no bairro Canto do Mar.

De posse de fotos das câmeras, que estavam camufladas, o dirigente encaminhou o material com a denúncia ao MP. Ele afirma que o sindicato foi procurado por professores e funcionários. "Uma professora me perguntou se os funcionários eram filmados quando usavam o banheiro para se trocar, após chegarem molhados na escola por causa da chuva", relatou ao jornal.

Conforme o Sindserv, as imagens gravadas são observadas por operadores do sistema da própria prefeitura. Em nota, a prefeitura de São Sebastião confirmou a existência da câmeras "tendo em vista a formulação de uma denúncia de que um vigia, supostamente pedófilo, manteria relações sexuais com uma adolescente nas dependências da escola durante a noite."

“Diante da circunstância, a Segur (Secretaria de Segurança Urbana) relatou os fatos tanto ao Ministério Público quanto à delegacia de polícia e tomou as providências de instalar duas câmeras no interior do estabelecimento, porém, em momento algum no banheiro como afirmou o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores), Ivan Moreira”, continua a nota, conforme a qual as câmeras já foram retiradas e, as imagens, "disponibilizadas aos professores e à diretora da emei, bem como encaminhadas ao ministério público e à delegacia da mulher como peças de investigações".