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"Se fosse no Exame da OAB, nós anularíamos", diz presidente da Ordem sobre o Enem 2011

Suellen Smosinski

Em São Paulo

27/10/2011 17h15

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, usou o exemplo do que já aconteceu com o Exame de Ordem para falar sobre a posição da entidade a respeito dos problemas com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011.

"Quando houve o vazamento de questões no exame da OAB, em São Paulo, nós anulamos toda a prova. Então, a Ordem tem esse posicionamento. Mas, o Ministério Público já está tomando as providências nesse sentido", afirmou.

Quando questionado se o correto seria anular todo o Enem 2011, Cavalcante desconversou. "Esse seria o posicionamento se viesse a acontecer no Exame da OAB, como já aconteceu e nós anulamos a prova. Essa é uma posição da Ordem, mas se o MEC tiver outra alterantiva que resguarde, do ponto de vista da igualdade e da moralidade, os candidatos, eles devem apresentá-la".  

Cavalcante lamentou o novo incidente com o Enem, que teve questões publicadas no material didático do colégio Christus, em Fortaleza, antes da aplicação da prova.

"É uma história que se repete, infelizmente muito parecida com o ano anterior. É necessário um posionamento em relação a essas situações. É de se lamentar que isso tenha esse tipo de tratamento por parte do MEC [Ministério da Educação], que por mais que deseje acertar, acaba não conseguindo", disse o presidente da OAB.

Para Cavalcante, os alunos do colégio Christus "não podem pagar sozinhos" por uma situação em que eles não foram os únicos que contribuíram. "É necessário dar outra oportunidade para eles", disse.