Topo

Estudantes são obrigados a tirar a roupa após suposto sumiço de dinheiro em escola de MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

23/03/2012 15h36Atualizada em 23/03/2012 15h36

A Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo do Sapucaí (332 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, afastou uma monitora e uma professora das suas funções após grupo de crianças na faixa etária de 9 a 10 anos ter sido supostamente forçado a tirar as roupas depois de a monitora ter alegado sumiço de dinheiro na sua bolsa, que não foi encontrado com as crianças.

O caso ocorreu na última terça-feira (20) durante curso do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), ministrado na escola Nossa Senhora Aparecida. A denúncia partiu de mães das crianças que afirmaram ter ouvido dos filhos a versão dando conta de eles terem sido obrigados pela monitora a ficarem nus.

Segundo a secretária de Educação da cidade, Marli de Souza, o programa é desenvolvido pela secretaria de Assistência Social do município e aplicado aos alunos em horário distinto das aulas normais. Ela negou que as crianças tenham ficado completamente nuas.

“Essa monitora, que é voluntária no programa, pediu às crianças que se despissem parcialmente. O grupo era composto por meninos e meninas. Ela foi afastada de suas funções e estamos apurando todos os fatos”, explicou.

A secretária afirmou ter afastado uma professora, que também é bibliotecária da unidade de ensino, que teria presenciado a cena, mas não impedido o constrangimento ao qual as crianças foram supostamente submetidas. “Nós estamos querendo entender por que ela não impediu essa situação”, explicou.

De acordo com ela, a escola apenas cede o espaço para que os cursos sejam ministrados. “As atividades são oficinas que as crianças fazem para não ficarem no período em que não tem aulas sem atividade”, disse.

Segundo a secretária, uma sindicância foi aberta pela prefeitura da cidade para apurar o caso. “Na semana as pessoas já começam a serem ouvidas. Nós tomamos todas as providências legais e encaminhamos o caso ao Conselho Tutelar e à Promotoria da Infância e Juventude. Apesar de o caso ser de abrangência da secretaria de Assistência Social, nós não vamos nos furtar porque aconteceu nas dependências da nossa escola”, afirmou.