Adaptação de rotina e conversa com filhos reduzem stress do volta às aulas
Acordar cedo, fazer as lições de casa, colocar o material em ordem. A volta às aulas pode ser uma dor de cabeça para pais e filhos. Para evitar o stress nesse período, a nova rotina deve ser planejada com tranquilidade e colaboração.
Depois de semanas sem ter de acordar cedo ou de fazer lição ao voltar para casa, é normal que as crianças estejam mais lentas no início das aulas.O planejamento inclui preparar-se para levar as crianças à escola, estabelecer horários de estudos e ajudar os filhos com a hora de dormir e de acordar.
Para ter sucesso, é essencial que os filhos participem do planejamento: eles podem dizer o que preferem, opinar, dar ideias e ajudar os pais a encontrar soluções para algum tipo de impasse.
A psicopedagoga Débora Corigliano ressalta que a participação das crianças facilita a execução da rotina. Afinal, nem tudo é estudo: o planejamento deve ter também horários de atividades extras, de lazer e de descanso.
Injeção de ânimo
Márcia Almirall, orientadora pedagógica do Colégio Santa Maria, alerta para comentários inadequados que os pais fazem e podem ajudar para desmotivar as crianças para o retorno às aulas, como reclamar do tempo perdido no trânsito para levar os filhos à escola.
Em vez disso, os pais devem procurar passar para as crianças uma atmosfera de tranquilidade e apoio, especialmente para os que acham que a escola é um tipo de castigo.
“A escola é sinônimo de compromisso, responsabilidade e rotina. Por isso, muitas vezes, ela é considerada [pelas crianças] como um castigo”, avalia Márcia.
Para motivar os pequenos, Débora lembra que a escola é um lugar de relacionamentos sociais e que a volta às aulas proporciona o retorno à convivência com colegas.
“Os pais podem comentar que, para quem está com boas notas, o segundo semestre será mais curto. Para os que não atingiram a média, é a chance de recuperar para passar de ano. Relembre exemplos positivos de sua vida escolar, para que seu filho sinta prazer em voltar à escola. A escola nunca pode ser vista como punição”, argumenta.
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