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Servidores de institutos federais aceitam encerrar greve caso pedidos de docentes sejam atendidos

Rafael Targino e Suellen Smosinski

Do UOL, em São Paulo

23/08/2012 16h49

Os funcionários dos IFs (Institutos Federais) de educação superior representados pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) decidiram nesta quinta-feira (23) indicar a seus filiados a aceitação da proposta de reajuste salarial do governo federal caso demandas feitas por professores também sejam levadas em conta. O sindicato representa tanto servidores quanto docentes dos IFs.

Segundo um dos coordenadores do Sinasefe, William Carvalho, as demandas dos professores ainda estão sendo fechadas e devem ser protocoladas ainda hoje. Elas se referem, afirmou, aos “termos da carreira docente”. De acordo com ele, os funcionários só encerram a greve caso essas propostas sejam discutidas.

Mais cedo, o MEC (Ministério da Educação), em nota, havia afirmado que o sindicato tinha comunicado “a aceitação da proposta formulada pelo governo”, porém, sem dizer exatamente a qual categoria se referia (se aos professores ou aos servidores).

Universidades

No começo desta tarde, o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que representa a maioria dos professores das universidades federais protocolou no Ministério do Planejamento uma contraproposta.

Segundo o Andes-SN, o texto aceita o piso inicial de R$ 2.018,77 e o teto salarial proposto pelo governo, mas os professores ainda pedem a reestruturação da carreira. O documento pede que, a cada degrau de progressão, os professores tenham ajuste de 4% - anteriormente, o percentual desejado era 5%.

Ainda de acordo com o sindicato, foi proposto o parcelamento do reajuste para 2013 e 2014, sendo que nas propostas anteriores os valores deveriam ser pagos sem parcelamento. Os docentes pedem ainda que o salário de quem trabalha 40 horas semanais seja o dobro do profissional que faz 20 horas.

Na mesma nota, o MEC afirmou que "o governo considera que as negociações estão encerradas e os valores acordados pelas outras entidades sindicais já estão dispostas na Lei de Orçamento Anual".