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Governo brasileiro assina acordo que amplia número de bolsas de estudo para o Reino Unido

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

28/09/2012 18h10

O governo brasileiro assinou nesta sexta-feira (28) um termo com o governo britânico para ampliar para 10 mil o número de estudantes brasileiros que poderão ser beneficiados com bolsas de estudo para o Reino Unido pelo programa Ciência sem Fronteiras no período de 2012 a 2015. Também ficou acordado que será criado um comitê para examinar a ampliação progressiva do programa.

O termo foi assinado pelo presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico), Glaucius Oliva, pelo presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior), Jorge Guimarães, e pelo presidente da UK Universities, Eric Thomas, na presença da presidente Dilma Rousseff e do primeiro-ministro britânico, David Cameron. O ministro da Educação, Aloizo Mercadante, também esteve presente na cerimônia, ocorrida no Palácio do Planalto.

Também foi assinado hoje um acordo de cooperação entre a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e a Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, para haver intercâmbio de estudantes de pós-graduação.

Os dois governos assinaram ainda uma carta de intenções no valor de US$ 10 milhões para estabelecer um projeto de pesquisa para estudar a bacia geológica do rio Parnaíba. Do lado brasileiro, participarão a UnB (Universidade de Brasília), a UFBA (Universidade Federal da Bahia), a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e o Observatório Nacional. Do lado britânico, serão as universidades de Aberdeen, Cambridge e Oxford.

Ciência sem Fronteiras

O foco do Ciência sem Fronteiras é atender alunos de graduação e pós-graduação nas áreas de engenharia, tecnologia da informação, ciências exatas, ciências biomédicas, energias renováveis, tecnologia mineral e nuclear, biodiversidade, bioprospecção, ciências do mar, transição para a economia verde, nanotecnologia, biotecnologia, fármacos, tecnologia de prevenção de desastres naturais, tecnologia aeroespacial e produção agrícola sustentável.

O programa foi apresentado em junho de 2011 e a primeira turma de estudantes brasileiros foi enviada para o exterior em janeiro deste ano. No total, o Ciência sem Fronteira prevê o financiamento de mais de 100 mil bolsas para promover intercâmbio, em quatro anos. Dessas, 75 mil serão financiadas pelo governo federal e 26 mil com recursos privados.

Após os estudos no exterior, os estudantes que participam do programa são obrigados a retornar ao Brasil. A bolsa pode ser solicitada pelo estudante que obtiver notas superiores a 600 no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) já na hora em que ingressar na universidade.