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Fapesp e Universidade de Melbourne assinam acordo de cooperação científica

Da Agência Fapesp

26/03/2013 10h11

A Fapesp e a Unimelb (Universidade de Melbourne), da Austrália, assinaram um acordo de cooperação para a realização de pesquisas conjuntas entre universidades localizadas no Estado de São Paulo e a universidade australiana.

Localizada no estado de Victoria, a Unimelb desenvolve uma ampla gama de pesquisas científicas e tecnológicas, com destaque para as áreas de ciências biomédicas, artes e humanidades.

Com o acordo, pesquisadores australianos e brasileiros poderão desenvolver investigações conjuntas com financiamento compartilhado entre a Fapesp e a Unimelb.

As instituições deverão lançar em breve uma chamada conjunta de propostas para pesquisas em todas as áreas do conhecimento. As propostas selecionadas serão financiadas pela Fapesp, no caso das equipes de pesquisa do Estado de São Paulo, e pela Universidade de Melbourne, no caso das equipes de pesquisa australianas.

Para financiar todos os projetos aprovados, a Unimelb aportará até 100 mil dólares australianos por ano, durante cinco anos, e a Fapesp contribuirá com o equivalente em reais a até 100 mil dólares australianos, a cada ano, pelo mesmo período.

Fundada em 1853, a Unimelb é uma universidade pública, a mais antiga de Victoria e a segunda mais antiga da Austrália. Com cerca de 40 mil estudantes, é também uma das mais importantes instituições australianas de nível superior, com estrutura de graduação que combina várias práticas das universidades norte-americanas e europeias, o que tem lhe garantido relevância internacional.

O acordo foi assinado pelo diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, José Arana Varela, e pelo reitor da Unimelb, Glyn Davis, em um jantar oferecido pela universidade para celebrar os trabalhos apresentados durante o Brazil-Australia Dialogue.

O evento reuniu em São Paulo autoridades ligadas a diferentes setores, além de pesquisadores brasileiros e australianos, para tratar de temas como economia global, saúde, sustentabilidade das cidades, produção agrícola e segurança alimentar, recursos naturais e fontes limpas de energia. Também foi traçado um panorama sobre as condições de pesquisa nos dois países.

Para Varela, é natural a aproximação entre instituições de ensino e pesquisa do Brasil e da Austrália, que são os dois maiores países do hemisfério Sul e podem atuar em conjunto em questões como o desenvolvimento e uso de modelos climáticos, o desenvolvimento de fontes alternativas de energia, como os biocombustíveis, e o conhecimento e exploração sustentável de recursos naturais e da imensa biodiversidade que possuem, entre outras.

“A Fapesp mantém projetos de pesquisa em que a similaridade entre Brasil e Austrália pode representar um avanço para a investigação científica e a inovação tecnológica dos dois países, ambos de dimensões continentais, capacidade agrícola e industrial diversificada, sistemas de financiamento à pesquisa bastante desenvolvidos e população multicultural”, disse.

Segundo Varela, a Fapesp tem buscado a internacionalização da produção científica realizada no Estado de São Paulo com ações como a ampliação da colaboração científica com universidades de renome internacional, como é o caso da University of Melbourne.