Paquistanesa atacada por defender educação de meninas faz 16 anos hoje
A paquistanesa Malala Yousafzai, atacada pelos talibãs por defender o direito à educação de meninas em seu país, completa nesta sexta-feira (12) 16 anos. O aniversário será comemorado em um evento promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Chamado de Malala Day (Dia de Malala), o evento reunirá em Nova York estudantes vindos de 80 países e contará com a participação da adolescente, que falará sobre a importância da educação. Essa será sua primeira aparição pública para discutir o tema após sua recuperação.
O objetivo da organização é discutir o papel de liderança que a juventude de todo o mundo pode desempenhar para permitir que todas as crianças tenham acesso à educação. Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, e Gordon Brown, enviado especial da organização para a educação global, participarão do evento.
Violência
Malala foi baleada na cabeça em um ataque cometido no dia 9 de outubro de 2012 contra o ônibus escolar no qual viajava no Vale do Swat (noroeste do Paquistão) por um grupo talibã.
Entre janeiro e março de 2009, Malala escreveu um blog publicado pela BBC contando a dificuldade das meninas de terem acesso à educação. Nos textos, Malala usava o pseudônimo Gul Makai, que é o nome de uma heroína de um conto popular paquistanês.
Dias depois de ter sido atingida na cabeça, a garota foi transferida ao Reino Unido, onde foi tratada e submetida no início de fevereiro a duas cirurgias de reconstituição craniana.
Um mês e meio depois do atentado, a jovem voltou às aulas em uma escola de Birmingham, no centro da Inglaterra, local em que vive atualmente com a sua família.
A adolescente foi eleita neste ano uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
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