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Justiça de SP quer conciliação entre USP e alunos que ocupam reitoria

Do UOL, em São Paulo

03/10/2013 16h12Atualizada em 03/10/2013 16h51

O Tribunal de Justiça de São Paulo analisou o pedido de reintegração de posse feito pela reitoria da USP (Universidade de São Paulo), na tarde de ontem (2),  e decidiu marcar uma audiência de tentativa de conciliação entre a instituição e os estudantes que ocupam o prédio. A decisão saiu na tarde desta quinta-feira (3). 

A audiência foi marcada para o dia 8 de outubro, às 14h30, no prédio da 12ª Vara de Fazenda Pública. 

Segundo o juiz Marcos Pimentel Tamassia, o fato "não parece ser exatamente um caso clássico de reintegração de posse" e "pode se assemelhar a um ato de manifestação". 

Ocupação 

O prédio foi invadido no final da tarde de terça-feira (1º) por estudantes que desejavam participar da reunião do Conselho Universitário em que foram decididas mudanças no processo de escolha do reitor.

Os universitários pedem eleições diretas, voto paritário e o fim da lista tríplice na eleição para reitor.

Cerca de 1.000 funcionários trabalham nos dois prédios que estão ocupados por estudantes. Os funcionários estão trabalhando em outras unidades ou de casa (home office), segundo a assessoria de imprensa da USP.

Eleições na universidade

O Conselho Universitário rejeitou fazer eleições diretas para reitor e vice-reitor da instituição no próximo pleito. O conselho decidiu, no entanto, mudar o sistema de votação. A eleição será feita em apenas um turno em uma assembleia constituída pelo Conselho Universitário, Conselhos Centrais, Congregações das Unidades e pelos conselhos deliberativos dos museus e dos institutos especializados. No total, devem votar cerca de 2.000 pessoas.

Além disso, os candidatos a reitor e vice-reitor deverão fazer inscrição prévia de suas candidaturas, com programa de gestão a ser implementado. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, antes todos os professores titulares da USP podiam ser considerados como candidatos em potencial sem necessidade de inscrição prévia.

Na próxima eleição, os candidatos deverão deixar seus postos de chefia ou direção exercidos após a inscrição da candidatura. A consulta à comunidade universitária continuará a ser feita de maneira informativa, sem validade real para a eleição.