Após reintegração, USP quer concluir levantamento de danos até quinta
Em nota divulgada nesta terça-feira (12), a USP (Universidade de São Paulo) informou que está realizando uma auditoria patrimonial no prédio da reitoria depois que os estudantes foram retirados pela Polícia Militar na madrugada de hoje. O objetivo é finalizar o levantamento dos danos causados pela ocupação até a quinta-feira (14).
No texto, a universidade disse que são “lamentáveis as cenas de depredação e vandalismo presenciadas no prédio”. A nota ainda diz que protestos são cabíveis, mas nunca com a utilização de atos considerados como crime. “Trata-se de uma barbárie diante dos paulistas que mantém a USP.”
A reitoria quer ter uma estimativa de prejuízos, como possíveis furtos, danos a equipamentos e móveis, arrombamento de portas e pichação de paredes. A expectativa é que os cerca de mil servidores voltem ao trabalho em pelo menos duas semanas.
Reintegração após 42 dias
Após 42 dias de ocupação, a reintegração de posse do prédio da reitoria foi feita pela Tropa de Choque da PM (Polícia Militar) no começo do dia. Os policiais chegaram ao campus da Cidade Universitária por volta das 5h.
Dois alunos foram presos durante a reintegração de posse. Eles são acusados de formação de quadrilha, furto e danos ao patrimônio.
No depoimento, os alunos disseram que estavam na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), onde houve uma festa durante a noite, e foram presos quando andavam em direção à reitoria e negaram participar da ocupação. Os advogados que representam os estudantes devem entrar ainda hoje com pedido de relaxamento de prisão na Justiça.
O saguão e as salas do andar térreo do prédio apresentavam muitas pichações, vidros quebrados, e sujeira no prédio. Segundo a assessoria da USP, equipamentos eletrônicos foram destruídos ou furtados.
Os andares superiores não tinham marcas de vandalização, apenas gavetas e armários abertos. No térreo havia também dois pianos e móveis novos embalados.
Histórico da greve
Os alunos da USP entraram em greve no dia 1° de outubro e ocuparam a reitoria em protesto por democracia nas eleições da universidade. Os estudantes querem que o reitor seja escolhido em um processo de eleição direta em que toda a comunidade universitária possa votar.
As próximas eleições da universidade acontecem no dia 19 de dezembro e não terão voto direto. Quatro chapas concorrem à gestão da reitoria - três delas encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor, que mantém discrição sobre o candidato preferido.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.