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Sisu requer estratégias na escolha do curso; conheça algumas

Lucas Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

02/06/2014 07h57

Nesta segunda-feira (2), os estudantes que realizaram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013 poderão se inscrever no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), por meio do qual 67 instituições públicas de ensino superior oferecem 51 mil vagas. Confira dicas que podem ser fundamentais para garantir a aprovação.

ATENÇÃO: As inscrições desta edição vão até quarta-feira (4).

O candidato poderá se inscrever em até duas opções de vaga e precisa optar na inscrição se participará de algum tipo de política afirmativa (cotas) ou se está em "ampla concorrência" (sem bônus). 

Dicas

Para Célio Tasinafo, diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante, de Campinas, no primeiro dia de inscrição o estudante deve colocar os cursos que realmente gostaria de fazer.

Apenas no segundo dia, quando é feito um balanço com a nota de corte provisória, que representa a nota do último classificado naquele momento com relação ao número de vagas ofertadas, e a posição do candidato, haverá possibilidade de se fazer uma análise melhor da situação.

"O estudante deve acompanhar o processo. No primeiro dia, ele pode estar classificado, mas no segundo um monte de gente pode ter migrado para aquele curso", diz Célio.

Na hora de selecionar as opções, a primeira deve representar um curso que o candidato mais quer fazer e que haja possibilidade de aprovação, mesmo que apenas na lista de espera. Para isso, uma boa dica é procurar nos sites das universidades o número de reclassificados em anos anteriores para se ter uma base.

Célio acredita que a prática é interessante, mas que não deve ser decisiva. "O importante é que em cada ano é uma seleção. Às vezes ano passado a nota foi muito alta e o aluno fica com medo de não conseguir, mas a sua nota nesta edição pode ser suficiente", diz.

Em ambas as opções de curso o candidato deve analisar ainda onde a universidade está oferecendo a vaga. Se for fora da cidade de origem, há a possibilidade de fazer faculdade até mesmo em Estados de outras regiões? Se a resposta for não, nem vale a pena investir.

É importante considerar ainda que a nota de corte na segunda chamada é menor. Candidatos com desempenho alto acabam influenciando as notas de suas duas opções. Há ainda os estudantes que desistem e não se matriculam e os que querem esperar resultados de importantes vestibulares.

Segunda opção de curso

O curso de segunda opção deve ter concorrência menor que o curso da primeira opção. "Às vezes o estudante coloca como segunda opção um curso onde a demanda é mais alta que o da primeira, o que é errado. Deve ser um em que ele tenha chances de passar até a 2ª chamada", aconselha Célio, da Oficina. Isso porque o candidato só pode concorrer às vagas da lista de espera com a primeira opção escolhida.

Outra dica: o inscrito precisa ter real interesse no curso de segunda opção, mesmo que não seja "aquele" interesse. Deve ser uma alternativa à carreira principal e que haja chance de aprovação em uma das duas chamadas.

Depois de divulgada a nota de corte, é necessário comparar a sua colocação com a colocação do candidato com menor pontuação classificado. Se estão disponíveis 50 vagas, por exemplo, é bem improvável que quem esteja na posição 123 seja classificado, uma vez que seria necessário que nenhum aprovado tenha feito a matrícula na 1ª chamada.
 
Assim, sua posição na segunda opção de curso deve ser menor que duas vezes a quantidade de vagas oferecidas.