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Professores dão dicas para escolher a área da 2ª fase do Exame de Ordem

Marcelle Souza

Do UOL, em São Paulo

27/06/2014 17h48

A dúvida surge assim que o candidato decide fazer a inscrição no Exame de Ordem: qual área escolher na segunda fase da OAB? Para quem busca mais chances de aprovação, o mais importante é decidir pelo tema que tem mais afinidade. Isso porque os professores são categóricos em dizer: não existe área mais fácil ou mais difícil na segunda fase do exame, o que vale mesmo é o quanto você estudou.

“Aconselho o aluno a escolher a área que possui mais afinidade e conhecimento e a não se pautar por boatos ou lendas de que existe uma área mais fácil do que a outra. Como exemplo, podemos citar a situação de um aluno que sempre fez estágio na área trabalhista. A sua opção óbvia deve ser direito do trabalho. Escolher uma outra área que ouviu dizer ser mais fácil é uma temeridade”, afirma o coordenador geral da LFG, João Aguirre.

Na segunda fase, o candidato aprovado na primeira etapa do exame deve realizar uma prova prático-profissional composta por uma peça (que vale cinco pontos) e quatro questões discursivas (valendo 1,25 cada). Na prova prática, é possível escolher entre direito administrativo, civil, constitucional, empresarial, penal, do trabalho ou tributário.

“O candidato deve escolher aquilo que tem afinidade. Isso é fundamental para que tenha ânimo para estudar e os temas sejam intuitivos no momento da prova. A prova de segunda fase é de habilidade e técnica, portanto, é fundamental ter afinidade com os temas”, afirma Darlan Barroso, diretor pedagógico do Damásio Educacional.

O último levantamento da OAB, divulgado em fevereiro deste ano, aponta que a maior parte dos candidatos aprovados optou pela área do direito constitucional (31,35), seguido por direito civil (28,7%) e direito empresarial (20%). A área com menor proporção de aprovados foi o direito do trabalho, escolhida por 12,9% dos aprovados. Os dados levam em conta as provas aplicadas entre 2010 e 2013.

“Todas as áreas possuem a mesma dificuldade e número de peças práticas. Maior exemplo disso é que constitucional, pelos números oficiais da OAB, é a área que mais aprova, seguida de direito civil. Não podemos falar que constitucional e civil são mais fáceis que trabalho e penal (estas duas com maior reprovação)”, afirma Barroso.

Foco na 1ª fase

Feita a inscrição e a escolha, é hora de estudar. Inicialmente, diz o professor da LFG, é preciso se dedicar ao modelo e aos temas que costumam cair na primeira fase. Em caso de aprovação, aí sim vale focar na área jurídica escolhida para a segunda fase.

“Trata-se de duas provas muito distintas, razão pela qual o candidato deve se dedicar especificamente a um estudo das disciplinas exigidas na prova objetiva de 1ª fase, para só depois da aprovação nessa etapa se preocupar com a segunda fase”, explica Aguirre.

Quem já passou por todo esse processo e vai tentar a prova da OAB mais uma vez deve avaliar se vale a pena mudar de área. “Qual foi o motivo da reprovação? O aluno está traumatizado com a área? Ficou arrependido da escolha? Em caso positivo, deve sim pensar em mudar de área”, diz Barroso.

Inscrições

As inscrições para o 14º Exame de Ordem Unificado já estão abertas. O prazo termina às 23h59 do dia 2 de julho e as inscrições devem ser feitas pelo site oab.fgv.br. A primeira fase (objetiva) será no dia 3 de agosto e a segunda etapa deve ser realizada no dia 14 de setembro.

O candidato que reprovou na segunda fase do 13º Exame poderá reaproveitar o resultado da primeira fase e realizar apenas a segunda fase nesta edição.  Os pedidos de reaproveitamento poderão ser feitos entre os dias 5 e 12 de agosto no site oab.fgv.br. A taxa é de R$ 100.