Com contas no vermelho, USP diz que não vai cortar terceirizados
A USP (Universidade de São Paulo) informou nesta terça-feira (15) que não pretende cortar mais funcionários terceirizados, como havia noticiado a Agência Estado mais cedo. A universidade está com 105,5% do orçamento comprometido com folha de pagamento.
Já foram feitos dois cortes nos contratos terceirizados, concentrados nas áreas de limpeza e vigilância, de 15% em fevereiro deste ano e 15% em julho. Segundo a assessoria da USP, porém, não há previsão de nova redução dos contratos. “As medidas tomadas são a paralisação de obras e a suspensão de novas contratações, além do não reajuste dos salários”, informou.
De janeiro a junho deste ano, a universidade gastou R$ 2,27 bilhões com folha de pagamento, um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Com as contas no vermelho, a USP já usou mais de R$ 1,3 bilhão desde julho de 2012 da sua reserva financeira.
De acordo com a universidade, o problema piorou porque o governo arrecadou menos do que o esperado com ICMS no primeiro semestre e a consequência foi um repasse menor para a USP. “Para atingir os R$ 4,6 bilhões previstos no orçamento da USP de 2014, a arrecadação do ICMS precisa crescer 13,8% no segundo semestre”, informou em nota publicada ontem (14).
Greve nas estaduais paulistas
O atual comprometimento do orçamento com folha de pagamento é o principal argumento do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) para negar um reajuste salarial a professores e servidores das três universidades.
Assim como a USP, Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) empenham 95,2% e 96,8%, respectivamente, dos seus orçamentos com salários.
O conselho quer adiar a negociação do reajuste para setembro e outubro, o que fez professores e funcionários das três universidades entrarem em greve desde o dia 21 de maio. Uma nova reunião entre reitores e sindicatos deve ser realizada nesta quarta-feira (16).
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