Topo

Sem negociação, greve continua nas universidades estaduais de SP

Do UOL, em São Paulo

16/07/2014 19h23

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (16), o Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) manteve a decisão de só negociar um possível reajuste salarial para professores e funcionários a partir de setembro.

Os servidores da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) estão em greve desde 21 de maio diante do reajuste zero anunciado pelos reitores. Em assembleias realizadas na última semana as categorias decidiram continuar parados.

Os reitores defendem a negativa de um aumento com o argumento de que os seus orçamentos já estão completamente comprometidos com folha de pagamento: na USP atualmente 105,5% da verba vai para pessoal, enquanto Unesp e Unicamp empenham 95,2% e 96,8%, respectivamente, do orçamento com salários e benefícios.

Na USP, já foram feitos dois cortes nos contratos terceirizados, concentrados nas áreas de limpeza e vigilância, de 15% em fevereiro deste ano e 15% em julho. Segundo a assessoria da USP, porém, não há previsão de nova redução dos contratos.

Ontem (15), os professores da USP realizaram uma assembleia e aprovaram, por maioria, continuar em greve. Eles afirmam que no IME (Instituto de Matemática e Estatística), na Esalq (Escola Superior Luis de Queirós), na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), no IP (Instituto de Psicologia) e na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) a maioria dos docentes não lançou as notas do semestre no sistema –o prazo foi encerrado oficialmente na segunda (14).

Assembleias de servidores e professores da Unesp e da Unicamp também decidiram na última semana pela manutenção da greve.