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"Aulas voltam na EACH a não ser que queiram impedir", diz reitor da USP

O reitor da USP, professor Marco Antonio Zago, durante cerimonia da universidade em janeiro deste ano - Edson Silva/Folhapress
O reitor da USP, professor Marco Antonio Zago, durante cerimonia da universidade em janeiro deste ano Imagem: Edson Silva/Folhapress

Bruna Souza Cruz*

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/07/2014 07h36

Mesmo sem data definida para o retorno das aulas no campus Leste da USP (Universidade de São Paulo), o reitor da instituição, Marco Antônio Zago, afirmou nesta segunda-feira (28) que as atividades da instituição no campus Leste voltarão à normalidade, "a não ser que alguém queira impedir a volta da USP para a EACH [Escola de Artes, Ciências e Humanidades]."

A Justiça de São Paulo autorizou, na última semana, a reabertura do campus interditado desde 9 de janeiro, após a constatação da presença de gás metano – altamente inflamável – proveniente do descarte do desassoreamento do rio Tietê.

"Nós temos liberação judicial. Agora pode ser que alguém queira impedir que a gente volte", afirmou Zago durante encontro de reitores, que discutem o futuro das universidades no século 21. O evento, organizado pelo banco Santander, vai até hoje (29), no Rio de Janeiro.

A decisão da Justiça se baseou no parecer técnico elaborado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) -- segundo o documento, "os gases presentes no subsolo, notadamente o metano, não impõem um risco iminente à segurança dos usuários do campus".

O órgão alertou, porém, que há risco no local que demandará "a manutenção e o aperfeiçoamento das medidas de intervenção que estão em curso".

Última vistoria

Antes da volta às aulas, o campus Leste da USP ainda passará por vistoria dos bombeiros para analisar as condições do terreno, além de outras providências tomadas pela diretoria.

Professores já foram sondados sobre a demanda por salas, mas ainda não há confirmação de data para iniciar o semestre.

O MPE (Ministério Público Estadual) informou no dia 23 de julho que seguirá com a ação civil pública, na primeira instância, sobre a contaminação do campus até o julgamento do mérito.

*A jornalista viajou a convite da organização do  3° Encontro Internacional de Reitores Universia