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Manifestação de funcionários da USP interdita av. Rebouças, em São Paulo

25.ago.2014 - Estudantes e funcionários do Hospital Universitário da USP saíram em passeata da Cidade Universitária e pretendem caminhar até à Faculdade de Medicina da USP - Alex Falcão/Futura Press/Estadão Conteúdo
25.ago.2014 - Estudantes e funcionários do Hospital Universitário da USP saíram em passeata da Cidade Universitária e pretendem caminhar até à Faculdade de Medicina da USP Imagem: Alex Falcão/Futura Press/Estadão Conteúdo

Fernanda Cruz

Da Agência Brasil, em São Paulo

25/08/2014 12h09Atualizada em 25/08/2014 12h28

Cerca de 150 funcionários da USP (Universidade de São Paulo), de acordo com a Polícia Militar, interditam neste momento o sentido centro da avenida Rebouças, zona oeste da capital paulista. Os manifestantes saíram da Cidade Universitária, por volta das 9h30, e seguem em direção à Faculdade de Medicina da USP. O grupo é contra a transferência do Hospital Universitário para a Secretaria Estadual de Saúde, proposta do reitor Marco Antonio Zago para sanar os problemas orçamentários da universidade.

Os servidores da USP estão em greve desde 27 de maio e temem prejuízos tanto para o hospital quanto para os pacientes, caso a desvinculação seja aprovada. “O risco que a gente tem é de ser transferido e a secretaria [de Saúde] colocar pessoas com custo mais baixo, com salários menores, aqui dentro”, disse Rosane Meire Vieira, diretora do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

O diretor do Departamento Médico do Hospital Universitário, José Pinhata Otoch, também é contra a desvinculação. “A reitoria argumenta que o ensino é dado nos hospitais do Sistema Único de Saúde de forma adequada. Nós temos muita divergência em relação a esse ponto. O ensino aqui é feito de forma muito bem estruturada. Nenhum aluno ou residente faz algum ato médico sem supervisão direta. Isso é um diferencial que precisamos discutir”, declarou.