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Trinta alunos passam mal após tomarem remédio contra verme em escola na BA

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

25/08/2014 15h42

Trinta estudantes do Colégio Estadual Professora Cristina Batista, localizado na praça do Dendê, em Porto Seguro (a 591 km de Salvador), passaram mal após ingerirem comprimidos do antiparasitário Albendazol 400 mg, usados na Campanha Nacional de Hanseníase e Geohelmintíases (verminoses), na última sexta-feira (22). Os alunos, que tem idade entre cinco e 14 anos, apresentaram coceira na pele, vômitos e início de edema de glote (conhecido como garganta fechada).

Segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Porto Seguro, os estudantes que apresentaram reação à medicação foram atendidos por equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do PSF (Programa de Saúde da Família) da comunidade Areião e, em seguida, encaminhados para o Hospital Municipal. “Após atendimento, receberam alta sem maiores complicações e serão acompanhados no domicílio pelas equipes da Estratégia Saúde da Família.”

A Vigilância Sanitária esteve na escola ainda na sexta-feira e recolheu amostras da medicação administrada, da água e da merenda escolar fornecidas aos alunos após eles tomarem o medicamento. As amostras foram encaminhadas para análise ao Laboratório Central em Salvador. A SMS não divulgou a data da conclusão das análises.

A SMS de Porto Seguro informou que suspendeu a campanha “por medida de precaução” até a conclusão das análises nas amostras coletadas.

Segundo a secretaria, a medicação ministrada para os estudantes estava dentro do prazo de validade, que é setembro de 2018, e foi fornecida pelo MS (Ministério da Saúde). Todos os lotes foram recolhidos.

A campanha começou no dia 15 de agosto e, segundo a secretaria, alunos das escolas Chico Mendes, José de Anchieta, Manoel Carneiro, Corujinha e Tio Patinhas tomaram a medicação e não houve intercorrências. As 103 escolas de Porto Seguro receberão a campanha, que beneficiará mais de 23 mil alunos do ensino infantil fundamental 1 e 2 das escolas municipais, rurais e indígenas.

A secretaria informou ainda que os alunos que receberam a medicação tiveram autorização dos pais. “Foram disponibilizados nas escolas formulários denominados Termo de Recusa que foram preenchidos pelos pais ou responsáveis caso não autorizassem a administração do medicamento.”