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Conselho da USP aprova proposta de aumento de 5,2% para servidores

Do UOL, em São Paulo

02/09/2014 20h46Atualizada em 02/09/2014 20h54

O Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) aprovou nesta terça-feira (2) uma proposta de aumento de 5,2% para professores e funcionários. As duas categorias estão em greve há quase 100 dias. Nos mais de três meses de negociação, a USP defendeu 0% de reajuste.

Segundo o conselho, o reajuste deve ser realizado em duas parcelas, uma em outubro de 2014 e outra em janeiro de 2015. A proposta será apresentada na reunião de quarta-feira (3) do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e deve ser avaliada pelos reitores e pelos sindicatos das categorias.

Se aprovado, o reajuste valerá também para professores e funcionários da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que também estão em greve.

Mais cedo, o Conselho da USP já havia votado pela implantação do programa de demissão voluntária, que deve atingir 2.800 dos 17.500 funcionários não docentes, com idade entre 55 e 67 anos e mais de 20 anos de carreira. A USP afirma que atualmente tem mais de 100% do orçamento comprometido com folha de pagamento.

Greve na Justiça

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região determinou na segunda (1º) o pagamento dos salários atrasados dos grevistas da USP. Em caso de descumprimento da decisão, a instituição poderá ser multada em R$ 30 mil por dia. A decisão é da relatora do caso, juíza Fernanda Cobra, da Seção de Dissídios Coletivos do TRT-2.

A USP havia determinado corte de ponto e salário de cerca de 1.000 funcionários -- segundo o sindicato da categoria (Sintusp), o número de servidores atingidos era 1.600. Os servidores da USP estão de braços cruzados desde 27 de maio. Esta já é a mais longa paralisação na história da universidade.