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Parâmetro do que é plágio deve ser revisto, diz pesquisador

Do UOL, em São Paulo

09/10/2014 16h00

Acusado de fraude científica pela Fapesp (fundação pública que financia a pesquisa no Estado de São Paulo), Antonio José Balloni afirma que o processo é uma “medida injusta” e que “alguns parâmetros do que é ou não plágio para a academia devem ser revistos”.

Ele afirma que o processo não foi finalizado e que dois dos seus últimos documentos apresentados como defesa não foram analisados. “Minha pesquisa é genuína, inovadora e inédita. Sem a menor sombra de plágio ou coisa que o valha”.

“No entanto, como se sabe, toda proposta/trabalho acadêmico embute por exigência formal uma parte de revisão teórica, que normalmente traz citações de outros autores e que ajudam a contextualizar o problema a ser pesquisado. E foi nesse momento que alegam que pequei. (...) A pressa em submeter o plano de trabalho à Fapesp e a sobrecarga de trabalho me induziram a não fazer algumas citações adequadamente dentro das normas previstas pela ABNT”, afirma.

Segundo Balloni, o que houve foi uma desatenção da sua parte na hora de registrar os autores citados.  “Deixar de citar pode até desmerecer involuntariamente o autor do texto, mas nada de inédito, inovador, moderno há ali que venha a ser reciclado e mereça ser taxado de plágio -- muito menos de valor cabal para meu projeto de pesquisa. A academia deveria olhar mais de perto a questão do que é ou não plágio”.

“Minha proposta permanece inédita, inovadora, atual, pertinente, tanto que outra universidade nos EUA já a acolheu”, diz.