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Escola em São Luís começa ano letivo de 2014 em 2015

UEB Roseno de Jesus Mendes está em reforma desde o ano passado e os alunos não concluíram o ano letivo de 2014 - Sindeducação/Divulgação
UEB Roseno de Jesus Mendes está em reforma desde o ano passado e os alunos não concluíram o ano letivo de 2014 Imagem: Sindeducação/Divulgação

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

23/02/2015 17h50Atualizada em 24/02/2015 14h40

Com atraso de um ano, 770 alunos da UEB (Unidade de Educação Básica) Professor Luís Rego, localizada no bairro Vila Embratel, em São Luís (MA), iniciaram o ano letivo de 2014 neste mês de fevereiro.

De acordo com o Sindeducação (Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís), em 2013 a escola passou sete meses fechada para reforma e somente agora em fevereiro as aulas relativas a 2014 começaram a ser ministradas.

Essa não é a única escola da rede municipal em que os alunos enfrentam problemas no calendário escolar. Outras três não concluíram o ano letivo de 2014 também por causa de reformas nos prédios. A UEB Ribamar Borgéa, no bairro Cidade Olímpica, com 2.278 alunos matriculados, e a UEB Roseno de Jesus Mendes (1.208 alunos), no bairro Vila Janaina, estão com as aulas paradas desde o ano passado.

Já a UEB Hortência Pinho (1.014 alunos), no bairro Coqueiro, está com as aulas suspensas devido a uma infestação de pombos e também não completou o ano letivo de 2014.

Para o Sindeducação, falta transparência na execução das obras das escolas e detalhamento da planilha de custos das reformas. “O prazo das manutenções já se esgotou e os alunos continuam sem aulas. Além disso, os reparos que identificamos nas escolas são superficiais e ineficientes, a Semed [Secretaria Municipal de Educação] está apenas ganhando tempo e a educação continua no mesmo caos de quando iniciamos a greve em 2014”, afirmou a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco.

A Promotoria de Educação do Estado se reuniu, no último dia 12, com o Sindeducação e representantes da Semed e cobrou rapidez nas obras. Segundo o Ministério Público, em 2013 foi assinado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Semed para que fossem reformadas 54 escolas, dando atenção a 29 unidades que estavam em estado crítico, porém até agora nada foi feito.

O MP deverá se reunir com a Semed e o Sindeducação novamente no próximo dia 6 março.

Outro lado

A Semed culpou a greve dos professores que ocorreu de maio a setembro de 2014 para justificar o atraso da conclusão do ano letivo nas quatro escolas citadas no texto.

Questionada sobre o porquê de não ter transferido as escolas para outros prédios, a secretaria disse que “quando há necessidade de supressão de aulas em função de reparos emergenciais nas escolas, providencia o remanejamento das turmas para outras unidades de ensino ou para imóveis alugados”.

A Semed disse ainda que quando não é possível o remanejamento da escola para um outro prédio ocorrem reposições de aulas.