Topo

Homem invade escola no DF e agride servidores e crianças

Aluna aponta local onde estava quando viu homem agredir colegas e professores - Jéssica Nascimento/UOL
Aluna aponta local onde estava quando viu homem agredir colegas e professores Imagem: Jéssica Nascimento/UOL

Jéssica Nascimento

Do UOL, em Brasília

06/04/2015 21h04

Alunos e funcionários do Centro de Ensino Fundamental 1 localizado na Estrutural (DF) viveram momentos de terror na tarde desta segunda-feira (06). Um morador da região identificado como Marivaldo Teixeira dos Santos, 33 anos, entrou no colégio e agrediu com socos e cadeiradas de ferro, oito crianças, duas professoras e o vigilante do local, que era o único responsável pela segurança no momento. O homem foi preso pelo Batalhão Escolar da Polícia Militar e encaminhado para a 1º DP, Asa Sul.

Segundo o coronel Júlio César Lima de Oliveira, Marivaldo tem quatro passagens pela polícia por roubo e tráfico de drogas. Atualmente ele estava em prisão domiciliar. De acordo com a PM, antes de tentar entrar na escola, o homem tentou esfaquear algumas pessoas em uma residência próxima ao local. "Não podemos afirmar que ele estava sob o efeito de entorpecentes. No entanto ele apresentava sinais de embriaguez e não respondeu a nenhuma de nossas perguntas."

As vítimas foram encaminhadas para o HRT (Hospital de Base e Hospital Regional de Taguatinga). Todas passam bem, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O caso mais grave foi de uma das professoras que ao tentar impedir Marivaldo de agredir mais crianças, foi golpeada com a cadeira e teve a perna fraturada.

As estudantes do quinto ano Lilian Maiara, Clarissa Silva, Laís Alves e Vanessa Lourenço estavam no colégio quando tudo aconteceu. “Foi na hora do recreio. A gente estava brincando quando de repente vimos uma cena de filme de terror. Ele estava com a camisa toda rasgada e começou a bater em quem estava na frente”, conta Lilian de 11 anos.

Falta de segurança

Segundo a diretora do colégio, Roseli de Melo, a escola tem 1,8 mil estudantes e apenas um vigilante. Ela confessa que a segurança é afetada com a falta de profissionais. “Deveríamos ter mais de um trabalhador. Entretanto, isso não compete a mim”, disse. As aulas no turno da noite desta segunda-feira foram suspensas.

A estudante Clarissa conta que alguns amigos foram golpeados. “Eles estavam com algumas manchas de sangue, foi horrível. Agora estou com muito medo de voltar à escola. Isso não deveria ter acontecido, somos apenas crianças.

As alunas também reclamam da falta de segurança no colégio. “Nunca vimos um policial aqui. Eles esperam que aconteça algo grave para tomar previdências. Minha mãe ficou muito preocupada e nem sei se vou vir à escola amanhã”, conta Laís.

Ao ser questionado sobre a falta de policiamento no local, o coronel Júlio César explica que Batalhão de Policiamento Escolar tem 400 homens para 1.190 escolas em toda a capital e que mesmo com a falta de efetivo, uma viatura chegou após cinco minutos a invasão. “A partir de amanhã uma dupla de PMs ficará na porta do colégio das 7h30 às 23h”.

Não há ainda a informação se haverá aula normal nesta terça-feira.