Alunos promovem "beijaço" contra homofobia na UFMG
Estudantes promoveram na noite de quinta-feira (16) um “beijaço” em frente ao prédio da Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), localizada no centro de Belo Horizonte, com intuito de chamar a atenção para casos de homofobia no ambiente acadêmico e também fora dele.
O ato encerrou um dia de atividades voltadas para a discussão de problemas como discriminação e atos de violência enfrentados pela comunidade LGBT. O encontro desenvolvido ao longo do dia foi intitulado de “O afeto é a melhor arma contra a LGBTfobia”.
Conforme Júlia Vidal, 22, integrante do CAAP (Centro Acadêmico Afonso Pena), aproximadamente 150 pessoas participaram do beijaço.
“O ato foi uma forma que a gente encontrou de manifesto para tentar chamar a atenção de reiteradas práticas de homo-lesbofobia que a gente vê acontecendo dentro da faculdade. A gente queria chamar a atenção para as demandas LGBT e para o combate às opressões que acontecem dentro da própria universidade”, afirmou.
A assessoria da faculdade informou que as atividades e o beijaço foram de iniciativa dos alunos e ocorreram dentro de normas democráticas preconizadas pela universidade.
Reitoria analisa acusação de homofobia
Um dos casos mais recentes ocorreu na própria Faculdade de Direito da UFMG e está sob análise da reitoria da universidade, que ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Alunos do curso acusaram um professor de ter feito comentários homofóbicos dentro de sala de aula.
Uma petição à reitoria foi entregue pelo Centro Acadêmico Afonso Pena. Nele, há o pedido de afastamento cautelar do professor e de três diretores da Faculdade de Direito que, segundo os representantes do Centro Acadêmico, teriam sido omissos no caso.
Segundo a acusação, no dia 23 do mês passado, o professor José Marcos Rodrigues Veira teria dito durante a aula “graças a Deus existe um pouco de heterossexualidade no direito”. No momento da suposta fala, o tema versava sobre uniões homoafetivas. Segundo documento, ele também é desembargador do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).
Ainda de acordo com o requerimento, o professor teria passado em seguida a criticar as manifestações públicas de afeto entre casais gays ou lésbicas.
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