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Grupo depreda sede de sindicato dos professores estaduais de SP em Mogi

Sede Apeoesp foi depredada em Mogi das Cruzes - Divulgação
Sede Apeoesp foi depredada em Mogi das Cruzes Imagem: Divulgação

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

02/06/2015 15h01

Um grupo de cerca de 15 homens encapuzados e armados invadiu, na noite de segunda-feira (1º), a subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores da Rede Pública Estadual de São Paulo) em Mogi das Cruzes. No momento da ação, era realizada no local uma reunião de professores municipais. Os professores foram obrigados a deixar o local e houve depredação. O caso foi registrado na Polícia Civil.

De acordo com a versão relatada à polícia, os suspeitos chegaram ao local por volta das 20h e perguntaram onde a reunião estava sendo realizada. Eles foram até a sala, pediram que os 20 professores saíssem e começaram a quebrar portas, eletrônicos e móveis. O prédio, localizado na região central da cidade, ficou totalmente destruído.

"Eles entraram e ordenaram o fim da reunião, dizendo 'Acabou, acabou. Fora todo mundo', contou Deodato Gonçalves, coordenador da subsede da Apeoesp. Ainda segundo ele, os invasores teriam levado também as fitas das câmeras de segurança do local e destruído os equipamentos de gravação de imagens e monitoramento.

A também coordenadora da subsede da Apeoesp em Mogi, Vania Pereira da Silva, disse ainda que se trata de um ataque a toda a categoria docente. “Nós já estamos fragilizados demais pelo fato de há dois meses estarmos sem receber nossos salários, agora, vem mais essa covardia”, disse.

Suspeitas

Sede do sindicato foi invadido na segunda - Divulgação - Divulgação
Sede do sindicato foi invadido na segunda
Imagem: Divulgação
A Apeoesp acredita que foi alvo porque cedeu o espaço para uma reunião de parte dos professores da rede municipal que se organizavam para criarum sindicato próprio, que representaria apenas os trabalhadores da educação. Hoje, a categoria é representada pela ASMMC (Associação dos Servidores Municipais de Mogi das Cruzes). O encontro era realizado no momento do ataque.

"Não estou dizendo que eles são os culpados, mas sim que os professores queriam um sindicato exclusivo para a área da Educação e que esse era o tema que estava sendo discutido. Talvez isso tenha desagradado alguém", afirma Deodato.

Procurada, a Polícia Civil informou que já tem pistas sobre a autoria dos ataques e que irá continuar as investigações. A instituição informou ainda que não iria fornecer detalhes para não prejudicar as investigações.

A reportagem procurou a ASMMC, que confirmou que representa os professores municipais, mas não comentou o caso. A reportagem também tentou falar com o presidente da entidade, através de um telefone celular fornecido pela secretária da Associação, mas ele não foi localizado para comentar.