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Em SP, cerca de 300 pessoas pressionam vereadores na votação do PME

Marivaldo Oliveira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Marivaldo Oliveira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

11/08/2015 12h43Atualizada em 11/08/2015 15h39

Cerca de 300 manifestantes se aglomeram em frente à Câmara Municipal de São Paulo no começo da tarde desta terça-feira (11) para pressionar os vereadores sobre a questão de "gênero" no PME (Plano Municipal de Educação). A informação é do setor de segurança do Palácio Anchieta.

O documento, que está na pauta para ser votado nesta tarde, definirá as metas para a educação do município pelos próximos dez anos.

Há dois grupos nas grades do Palácio Anchieta, no centro da capital: um que defende a inclusão das políticas de combate à discriminação por questões de gênero e um outro, bem maior, que deseja eliminar esse tipo de conteúdo do PME. 

Formado por religiosos, em sua maioria, o grupo que pede "não à teoria de gênero", como está escrito em um dos cartazes, considera que qualquer tipo de menção às questões de gênero ou identidade sexual implicaria em "ideologia de gênero". Para eles, essa é uma questão a ser tratada no âmbito doméstico.

Questões de gênero

A polêmica gira em torno da inclusão -- ou não - das questões de gênero no plano. Essas questões apareciam no documento em políticas de combate à discriminação por raça, gênero e identidade sexual. Ou seja, tratavam-se de estratégias para reduzir o bullying nas escolas.

O projeto de lei, que prevê uma série de metas para a educação no município, tem causado polêmica pela discussão sobre a inclusão da igualdade de gênero, que foi retirada nas últimas discussões da casa. Em todas as sessões, movimentos opostos - LGBT e religiosos - tem disputado espaço no plenário para protestar.

Em julho, os vereadores de São Paulo derrubaram, por sete votos a um, parecer ao texto do PME que incluía, entre as metas, a promoção da igualdade de gênero nas escolas. Com isto, a discussão ficou fora do PME e segue o mesmo caminho do Plano Nacional de Educação (PNE), que no ano passado enfrentou resistência quanto a este ponto, que acabou eliminado do texto final.

*Com Agência Estado