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Minutos antes da colação de grau, formanda é atingida por tinta vermelha

Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

Jéssica Nascimento

Do UOL, em Brasília

28/08/2015 14h26Atualizada em 01/09/2015 13h31

Um trecho do filme “Carrie, a estranha” saiu das telas de cinema e virou realidade. A formanda em administração Sirene Luzia Correia, 31, foi surpreendida na última terça-feira (25) por uma mulher que jogou baldes de tinta vermelha nela, minutos antes de sua colação de grau em um hotel de Cuiabá (MT). A jovem foi levada para uma unidade de saúde com intoxicação e queimaduras no rosto. De acordo com a Polícia Civil, a principal suspeita é a esposa do rapaz com quem Sirene supostamente mantinha um relacionamento.

No filme, Carrie é ensopada no baile de formatura por baldes de tinta que continham sangue de porco. A aproximação da história fez com que a família acreditasse que tinta à base de óleo fosse de fato, sangue. “Fiquei muito arrasada, não acreditava no que estava acontecendo. O meu sonho era colar grau e tudo acabou ali, entrei em pânico”, conta Sirene.

A jovem já estava vestida de beca quando o crime aconteceu. Ela conta que estava bebendo água e se preparando para entrar na fila dos formandos quando ouviu uma mulher chamar por seu nome. “Quando me virei ela jogou a tinta. Senti dor nos olhos, cabeça e estômago. Não sei quem é e não faço ideia de quem seja. Não tenho inimigos”.

Minutos antes da colação de grau, formanda é atingida por tinta vermelha - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Sirene sofreu queimaduras no rosto, orelha direita e couro cabeludo
Imagem: Arquivo Pessoal

Sirene foi levada para uma unidade de saúde e tratada com óleo de banana e pomadas. Nesta sexta-feira (28), ela conversou com o UOL Educação e disse que a tinta vermelha lhe causou diversas queimaduras no rosto, orelha direita e couro cabeludo. “Não sei se vou querer colar grau novamente. O que quero é justiça”.

A faculdade particular Unic (Universidade de Cuiabá), local onde Sirene estudou durante quatro anos, lamentou o ocorrido. Por nota, a instituição informou ter acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e disse estar presente durante todo o atendimento. Estamos à disposição para prestar esclarecimentos e iremos esperar Sirene se recuperar para marcar uma outra data de colação de grau”.

Lesão corporal e constrangimento ilegal

A 3ª Delegacia de Polícia do Coxipó instaurou procedimento investigatório preliminar para apurar a autoria da mulher que teria jogado tinta na formanda. De acordo com a Polícia Civil, a vítima deverá comparecer na delegacia para prestar novas informações, pois tudo indica que o crime seja passional, pelo fato de a moça ter mantido relacionamento com um homem, supostamente casado.

A Polícia Civil de Cuiabá também informa que está aguardando o exame de corpo delito. A suposta autora pode responder por lesão corporal e constrangimento ilegal.