Aluna é esfaqueada na cabeça durante briga em escola de Piracicaba (SP)

A Polícia de Piracicaba (a 164 quilômetros de São Paulo) investiga uma briga que terminou com uma estudante esfaqueada na cabeça dentro da Escola Estadual Elias de Mello Ayres na manhã desta quinta-feira (1). O estado da aluna é considerado estável.

De acordo com informações da polícia, a vítima, de 15 anos, foi agredida pelo irmão de outra aluna, com quem ela discutia na porta do banheiro, durante o intervalo das aulas.

Após a agressão, a estudante foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhada ao pronto-socorro do bairro Vila Rezende, onde aguarda transferência para um hospital. O agressor fugiu. Ele estuda na mesma escola das adolescentes. O motivo da briga ainda é investigado.

À polícia, testemunhas contaram que o agressor chutou a vítima até que ela caísse no chão para golpeá-la com uma faca de serra na cabeça.

A vítima já foi transferida para a Santa Casa, onde será avaliada por neurologista e passará por tomografia. O pai dela, que preferiu não ser identificado, contou que a filha está consciente, mas que não está sentindo o braço. “Ela está consciente, mas está sendo avaliada por um neurologista porque não está sentindo o braço direito. Estou muito preocupado”.

Segundo a polícia, as duas estudantes vinham se desentendendo desde o início do ano, mas nunca chegaram a se agredir fisicamente. “Elas já se desentendiam desde o início do ano. Os três estudam na mesma sala e hoje o irmão tomou as dores e agrediu a vítima”, disse a cabo Sueli Tavares, da Ronda Escolar da PM de Piracicaba. Ainda segundo Sueli, a diretoria da escola não sabia do problema entre as alunas.

O agressor, que pulou o portão da unidade e fugiu, ainda não foi encontrado.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou, em nota, que o estado de saúde da adolescente é estável, que ela foi medicada e aguarda transferência para um hospital para avaliação de um neurologista. Após o ocorrido, os alunos do período matutino que quiseram ir para a casa foram liberados. No entanto, as aulas da tarde foram mantidas.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou em nota que os responsáveis pelos alunos envolvidos foram chamados pela direção da escola e que o Conselho Tutelar foi acionado.

O órgão ressaltou que "todas as providências foram tomadas para garantir o atendimento médico imediato da aluna". Ainda segundo a secretaria, “o agressor foi suspenso e o Conselho Escolar irá se reunir para definir mais medidas educacionais, com base no regimento", diz a nota. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Piracicaba.