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Governo Alckmin suspende reorganização da rede estadual de SP

2.dez.2015 - O governador de São Paulo,Geraldo Alckmin (PSDB)  - Marco Ambrosio/FramePhoto/Estadão Conteúdo
2.dez.2015 - O governador de São Paulo,Geraldo Alckmin (PSDB) Imagem: Marco Ambrosio/FramePhoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

04/12/2015 12h16Atualizada em 04/12/2015 15h55

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu a reorganização escolar no Estado de São Paulo no início da tarde desta sexta (4). A informação foi confirmada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por telefone.

Anunciada no final de setembro, as medidas propunham escolas de ciclo único e encontraram forte resistência de professores e alunos - há cerca de 200 escolas ocupadas e estudantes fecharam as principais vias da capital durante esta semana.

Na manhã de hoje, estudantes fecharam o cruzamento das avenidas Faria Lima com Rebouças e também da avenida Paulista com rua Consolação. Em ambos os protestos, a PM jogou bombas de efeito moral para desbloquear as vias.

Uma pesquisa do Datafolha apontou a queda de popularidade do governador de São Paulo, com os piores resultados de sua gestão. Apenas 28% aprovam seu mandato (contra 69%, em seu melhor momento). Por outro lado, 30% dos paulistas classificam seu governo como ruim ou péssimo.

O vice-governador, Márcio França (PSB), se declarou a favor de suspender a reorganização também na manhã de hoje.

Reorganização

A medida previa o fechamento de 92 escolas e reorganizava as restantes por ciclo único. Desse modo, estudantes do ensino fundamental ficam em unidades diferentes do ensino médio.

Na última terça, o governo do Estado de São Paulo publicou um decreto que permitia a transferência de servidores entre as unidades da reorganização -- esse foi o primeiro passo legal para a implantação do programa.

Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentam que o objetivo da reestruturação é cortar gastos e temem a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo.

Desde o início de novembro, cerca de 200 escolas foram ocupadas por estudantes. Nesta semana, eles fecharam as principais avenidas da capital paulista.