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Com 24 escolas ocupadas, GO chama organizações sociais para educação

Alessandra Modzeleski

Colaboração para o UOL, em Brasília

06/01/2016 20h48

A Seduce (Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte) de Goiás publicou, nesta quarta (6), o chamamento público para organizações sociais (OSs) interessadas em assumir a gestão das primeiras 23 escolas estaduais, localizadas em Anápolis.

O governo de Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB-GO) planeja transferir às OSs “o gerenciamento, a operacionalização e a execução das atividades administrativas, de apoio para a implantação e implementação de políticas pedagógicas definidas pela Seduce” segundo a publicação de hoje.

As OSs interessadas terão até o próximo dia 22 para tirar dúvidas com a secretaria e abertura dos envelopes com as propostas está prevista para o dia 5 de fevereiro.

Contrários à medida, estudantes ocupam 24 colégios

Segundo a secretaria, o início do primeiro semestre letivo está previsto para o dia 20 de janeiro e a pasta acredita que o movimento das ocupações será revertido antes do começo das aulas. "A Seduce tem promovido encontros com os alunos. A secretária e sua equipe têm visitado as escolas ocupadas para solucionar a questão e tirar as dúvidas dos estudantes e pais sobre a gestão compartilhada", argumentou em nota.

As OSs são entidades sem fins lucrativos, que recebem recursos do estado para administrar um determinado órgão público. O projeto é visto pelos estudantes como a precarização da carreira dos professores e fim da gratuidade do ensino público. Manifestantes classificam como uma terceirização e pretendem continuar nas ocupações até que o governo recue.

A Seduce, por sua vez, ressalta que a escola "permanecerá pública e gratuita" e que o novo modelo "não vai alterar os direitos dos professores e servidores". Além disso, a secretaria informa que a parceria com as OSs não se trata de uma privatização ou terceirização do ensino público, "mas uma parceria que busca agilidade e uma educação pública de qualidade".