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"Desafios de inclusão continuam", diz MEC sobre jovens fora da escola

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 20h00

Cerca de 6% dos brasileiros entre 4 e 17 anos estão fora da escola, segundo o levantamento do Todos Pela Educação -- o que corresponde a 2,8 milhões de crianças e adolescentes. Para o MEC (Ministério da Educação), os desafios apontados de inclusão pelo estudo "continuam". 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou sobre o tema, durante uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (19). Para ele, a dificuldade maior é trazer os jovens de volta ao ensino médio. "Há uma maior dificuldade para fazê-los voltar a escola nessa faixa etária. Temos jovens com gravidez precoce, por exemplo. Estamos modificando os currículos, e acredito que a Base Nacional Comum vai nos ajudar a ter uma escola mais atrativa para dialogar com essa juventude", disse. 

"Temos 19 metas do PNE [Plano Nacional de Educação] que são bastante ambiciosas. Mas todas as 19 dependem da meta 20, que é o financiamento", avalia. "Estamos num ano fiscal muito difícil."

Confira a íntegra da nota do MEC:

Conforme o próprio estudo indica, nos últimos dez anos o Brasil incluiu estudantes na educação básica. Os programas do MEC, em parceria com Estados e municípios, responsáveis pelas redes municipais e estaduais de educação básica, permitiram tais avanços. No entanto, os desafios apontados de inclusão continuam. A meta 1 do PNE apresenta o desafio de incluir cerca de 700 mil crianças de 4 a 5 anos nas escolas. Para isso, o MEC vem trabalhando na construção de creches e módulos para o atendimento das crianças.

No ensino fundamental, o Programa Mais Educação (PME) se constitui como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar, dos tempos, espaços e oportunidades educativas, propondo a organização curricular na perspectiva da Educação Integral em tempo integral. O Programa Mais Educação é um indutor da agenda da educação integral em jornada ampliada no Brasil e tem por finalidade contribuir para a melhoria da aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens matriculados no ensino fundamental em escolas públicas, mediante oferta de educação básica considerando-se a jornada escolar de, no mínimo, sete horas diárias ou trinta e cinco horas semanais.

Uma das iniciativas do programa que cabe salientar é a ação voltada para jovens de 15 a 17 anos que frequentam o ensino fundamental com repasse de recursos diretos para a escola por meio dos quais podem adquirir matérias didáticos e paradidáticos específicos, contratação de monitores e formação de professores com o objetivo de enfrentar a distorção idade-série.

Essas são algumas iniciativas que, realizadas em conjunto com os demais entes federados, fazem com que cada vez mais a articulação entre programas crie uma forte  integração intersetorial nas políticas públicas contribuindo de forma efetiva para a melhoria na qualidade da educação pública.