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Assaltantes arrombam escola e deixam recado: 'Não tem nada pra roubar'

Assaltantes quebraram alguns objetos, mas não levaram nada da escola. Eles ainda deixaram um recado na parede reclamando da crise econômica: "OKD. A crise bateu até nas escolas. Não tem nada pra roubar!!!".  - Reprodução
Assaltantes quebraram alguns objetos, mas não levaram nada da escola. Eles ainda deixaram um recado na parede reclamando da crise econômica: "OKD. A crise bateu até nas escolas. Não tem nada pra roubar!!!". Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em João Pessoa (PB)

20/04/2016 09h15

Uma escola estadual no município de Campina Grande foi arrombada na madrugada de terça-feira (19), mas os assaltantes saíram sem levar nada. Eles quebraram alguns objetos e ainda reclamaram da crise econômica em um recado deixado na parede. “A crise bateu até nas escolas. Não tem nada pra roubar!!!".

A mensagem ainda tem a inscrição OKD, que seria uma referência a uma facção criminosa que atua na Paraíba, em especial nos municípios de João Pessoa e Campina Grande.

Em outra parede da escola, próxima 1º Pelotão de Polícia Ambiental, os criminosos escreveram: "Kadê os policiais da base?" (sic). O tenente Rodrigo Rodrigues, comandante do pelotão, disse que tomou conhecimento do fato ontem pela manhã através da imprensa. "Os funcionários perceberam que a escola havia sido arrombada hoje [ontem] de manhã, quando chegaram para trabalhar. Nenhuma ocorrência oficial chegou até a polícia", disse Rodrigues. 

Segundo o tenente, a Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade já foi alvo de criminosos outras vezes. Ele disse que o pelotão presta apoio à escola fazendo rondas constantes, sobretudo no período da noite. "Por diversas vezes, a direção da escola solicitou nossa presença, principalmente em horários de chegada e saída de alunos para evitar problemas mais sérios", declarou. 

O arrombamento da escola foi confirmado por servidores da escola e pela Secretaria Estadual de Educação da Paraíba. A reportagem procurou a 3ª Gerência Regional de Ensino, mas não foi atendida pela pessoa autorizada a comentar o caso.

O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar em Campina Grande, major Gilberto Felipe, explicou que a polícia faz rondas em horário de atividade escolar, através da Patrulha Escolar, e que presta todo apoio no momento em que é acionada pelo 190. Contudo, ele lamentou o fato de as escolas não possuíram dispositivos próprios de segurança que permitam a comunicação imediata com a polícia.

"É interessante fazer uso da tecnologia para que a polícia possa flagrar os criminosos e prendê-los. Infelizmente, nesse caso a polícia ficou sabendo horas depois. É importante destacar que as escolas, atualmente, têm equipamentos valiosos que atraem criminosos, por isso o aumento de ocorrências dessa natureza", afirmou.