Topo

Estudantes reocupam a sede da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro

Policiais militares tentam controlar o acesso à sede da Secretaria De Educação do Rio de Janeiro - Glauber Gonçalves/UOL
Policiais militares tentam controlar o acesso à sede da Secretaria De Educação do Rio de Janeiro Imagem: Glauber Gonçalves/UOL

Glauber Gonçalves

Colaboração para o UOL, no Rio

30/05/2016 19h17

Estudantes do Rio de Janeiro voltaram a ocupar nesta segunda-feira (30) a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), no Santo Cristo, região central da capital fluminense. O episódio é mais um capítulo do embate entre o governo e o movimento que, desde março, já ocupou cerca de 70 unidades de ensino da rede estadual em diversas cidades do Rio de Janeiro.

Carros da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro estiveram no local, e cinco PMs controlavam a entrada e a saída em um dos portões de acesso ao prédio.  

"Esta é a quarta vez que viemos, mas é a segunda em que há toda essa presença da polícia e da imprensa. Estamos tentando ser ouvidos, mas não conseguimos", disse a estudante Viktoria Lidia, 18, do Colégio Stuart Edgar. "Só queremos melhorias no ensino e nas escolas, o que não é nenhum favor."

Segundo ela, os estudantes querem ser recebidos pelo secretário de Educação ou pelo governador. Desde o fim de março, alunos ocupam unidades estaduais de ensino do Rio para reivindicar melhores condições de infraestrutura nas escolas e mais atividades extracurriculares. O movimento também reclama da falta de funcionários e professores. Em greve, esta última categoria obteve apoio dos alunos.

Ao fim do expediente, funcionários da secretaria deixaram o prédio normalmente. Segundo um deles, que não quis se identificar, as atividades do órgão seguiam normalmente, mesmo com a ocupação.

Em nota, a Seeduc informa que menos de 5% das escolas estão ocupadas. De acordo com o comunicado, nos últimos dias, 16 unidades foram desocupadas e começaram a receber melhorias e reparos. O Colégio Estadual Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, primeira unidade a ser ocupada, recebeu melhorias e já está realizando atividades pedagógicas de acolhimento, informou a secretaria.

A Seeduc diz continuar negociando com os representantes dos alunos e professores no âmbito criado pela Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública e que manterá o diálogo