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Mesmo sem acordo salarial, professores do RS encerram greve após 53 dias

Cpers/Sindicato
Imagem: Cpers/Sindicato

Lucas Azevedo

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

07/07/2016 18h23

Depois de 53 dias de paralisação, os professores estaduais do Rio Grande do Sul decidiram voltar ao trabalho. A greve da categoria, iniciada no dia 13 de maio, foi a maior em 25 anos. Alguns pleitos foram atendidos pelo governo do Estado. Entretanto, não houve ganho na causa salarial. As aulas devem ser retomadas na próxima segunda-feira.

A decisão para o retorno às salas de aula foi tomada em assembleia do Cpers (sindicato da categoria) na tarde desta quinta-feira. A decisão ocorre no dia seguinte a uma reunião do comando de greve e do governo do RS, representado pelos secretários da Educação, Luís Alcoba, e da Casa Civil, Márcio Biolchi.

"Nós retomamos toda a pauta de reivindicações, inclusive em algumas questões que já havíamos firmado compromisso, como o Difícil Acesso e a nomeação de professores. Em relação à pauta de reajuste salarial, deixamos bem claro que não há possibilidade neste momento em função da grave crise financeira do Estado", disse Alcoba.
 
Os educadores aprovaram o documento enviado pelo governo, que garante alguns avanços conquistados durante a paralisação, como a revogação do Difícil Acesso, a garantia do pagamento dos dias parados dos grevistas e o comprometimento do governo em não criminalizar o movimento dos estudantes que realizaram as ocupações das escolas e dos educadores que aderiram à greve.
 
"Com muita coragem e prudência vamos suspender a greve. É um recuo tático para voltarmos com muito mais força contra este governo intransigente e autoritário. Esta greve foi histórica, pois pela primeira vez no Estado conquistamos o apoio da comunidade escolar. Nossos estudantes se levantaram em defesa da escola pública e ocuparam quase 200 escolas", destacou a presidente do sindicato, Helenir Schürer.

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