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Após morte de estudante, governador do PR pede a desocupação de escolas

Do UOL, em São Paulo

24/10/2016 17h57

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR), afirmou na tarde desta segunda-feira (24) que a morte de um adolescente de 16 anos em uma escola ocupada é uma “tragédia chocante que merece uma profunda reflexão de toda a sociedade”. O garoto morreu no Colégio Safel, no bairro de Santa Felicidade, que está ocupado por estudantes contrários à proposta de reforma do ensino médio apresentada pelo governo federal.

Em texto publicado no Facebook, Richa pede para que os estudantes encerrem as ocupações de escolas no Estado. “O movimento ultrapassou os limites do bom senso e não encontra amparo na razão”.

Ele afirma que “o diálogo sobre a reforma do ensino médio está aberto, como bem sabem todos os envolvidos nessa questão. Que não se aleguem quaisquer justificativas para a continuidade desse movimento que vem causando prejuízos à educação do Paraná”.

Richa expressou solidariedade à família do estudante e pediu para que os “pais redobrem o cuidado com seus filhos”.

Segundo o movimento Ocupa Paraná, hoje há 850 escolas, 14 universidades e quatro núcleos de educação ocupados no Estado.

Leia a íntegra do texto do texto do governador Beto Richa:

"A morte do estudante L.E.A.L., de 16 anos, é uma tragédia chocante, que merece uma profunda reflexão de toda a sociedade. É ainda mais gravíssimo e lamentável, porque aconteceu no interior de uma escola ocupada, que deveria estar cumprindo a sua missão de irradiar a luz do conhecimento e a formação da cidadania.

Externo à família desse estudante a minha solidariedade neste momento tão doloroso. E renovo o meu apelo para que os pais redobrem o cuidado com seus filhos. Peço ainda, mais uma vez, que os estudantes encerrem esse movimento.

A ocupação de escolas no Paraná ultrapassou os limites do bom senso e não encontra amparo na razão, pois o diálogo sobre a reforma do ensino médio está aberto, como bem sabem todos os envolvidos nessa questão. Que não se aleguem quaisquer justificativas para a continuidade desse movimento que vem causando prejuízos à educação do Paraná.

É hora de responsabilidade e consciência sobre os direitos e deveres de estudantes, professores, famílias, autoridades e sociedade."