Ocupação de estudantes contra PEC atinge três campi da UFPB
Estudantes da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) ocupam desde a tarde dessa segunda-feira (7) o Centro de Vivência no campus I da instituição, em João Pessoa. Eles protestam contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que fixa um teto para os gastos públicos, para os próximos 20 anos, e prometem permanecer no local até que a proposta seja votada e rejeitada em Brasília. Na Paraíba, desde a semana passada, são três campi da UFPB ocupados, além de dois do IFPB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba). Em todo o país são 172 universidades ocupadas pelo mesmo motivo, segundo dados da UNE (União Nacional dos Estudantes).
O presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFPB, Gabriel Aaron, disse que, por enquanto, a manifestação tem sido pacífica. “O DCE está dando apoio enquanto entidade para garantir que nenhuma irregularidade seja cometida. Nosso apoio é no sentido de fazer doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene e água”, explicou. A ocupação é marcada por cartazes e faixas de críticas ao governo de Michel Temer e à PEC. A estimativa é que estejam no local pelo menos 100 estudantes. A previsão de votação da PEC no Senado é início de dezembro.
Outros campi da UFPB também seguem ocupados no Estado, em Bananeiras e Areia, cidades que ficam a cerca de 130 e 145 quilômetros de João Pessoa, respectivamente. Já os campi do IFPB ocupados por estudantes, também contra a PEC, são os de João Pessoa e o de Cabedelo, na região metropolitana.
Na manhã desta terça-feira, os estudantes do IFPB participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba, e ao final retornaram para os campi.
O que diz a UNE
Por meio de nota publicada nesta terça-feira (8), a UNE declarou que “enquanto o Ministério da Educação ameaça processar as entidades estudantis em uma tentativa clara de censurar o direito à livre manifestação dos estudantes de todo o Brasil, a cada hora uma nova universidade é ocupada”.
Para a entidade, o movimento de ocupação, que tem como principal objetivo lutar contra a aprovação da PEC 55 (antiga PEC 241), já pode ser considerado o maior da história. A presidente da UNE, Carina Vitral, afirmou que “uma mobilização tão grande e unificada só teve precedente durante o governo neoliberal de FHC há mais de 15 anos, que encontrou no movimento estudantil um dos seus principais pontos de resistência”.
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