Se eu consegui, todos conseguem, diz medalhista em olimpíada de matemática
Aos 15 anos de idade, Victor Sandrini dos Santos já coleciona medalhas: esta é a quarta vez consecutiva em que ele ganha o ouro na Obmep, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.
Victor começou a participar da olimpíada quando ainda estava no 6º ano, ocasião em foi inscrito na competição pela Escola Estadual Professora Gracinda Maria Ferreira, na cidade de Santos, em São Paulo.
“A minha escola se inscreveu e eu fui, mas eu já queria participar. Se a escola não se inscrevesse, eu mesmo me inscreveria”, conta.
Aluno de escola pública por toda a sua vida, o jovem diz que as pessoas ficam bastante surpresas quando sabem das medalhas que ele já conquistou. Mas ele rebate: “estudar não é uma coisa difícil. Acho que a escola dá bastante suporte. Se eu que fiz escola pública consegui, todo mundo consegue”.
Para Victor, o “segredo” por trás do aprendizado é, na verdade, bastante simples: “tem que ter interesse. Não só interesse por matemática, mas em saber por que você está fazendo aquela conta, aquela divisão. Na escola só mostram a fórmula, você tem que procurar saber o porquê”.
Essa forma de pensar, segundo ele, é bastante cobrada nas provas da olimpíada. “[As questões] não fazem perguntas do tipo ‘quanto dá essa conta?’, mas sim do tipo ‘isso é possível?’”, conta o aluno.
Troca de conhecimentos
Curioso para aprender sobre tudo desde pequeno, Victor conta que costuma ajudar os colegas com os estudos sempre que pode. “Gosto muito de ajudar as pessoas. Sempre que tem alguma coisa em que eu possa ajudar as pessoas, vou lá e ensino”.
O contato com outras pessoas, inclusive, é um dos pontos que motivam o jovem a continuar participando da Obmep. Isso porque a cada ano os medalhistas de ouro são reunidos para receber o prêmio no Rio de Janeiro, onde convivem por três dias.
“Acho isso muito legal porque mostra como as pessoas são diferentes. A gente passa três dias lá, conversando bastante, é uma integração cultural”, diz Victor.
Apesar de planejar uma mudança da rede pública para a privada no ano que vem, quando cursará o primeiro ano do ensino médio, o jovem calcula: “tem olimpíadas para escolas particulares também. Eu vou continuar fazendo”, conta, animado.
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