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Após suspender novos cursos de medicina, MEC nega ação em outras graduações

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) Imagem: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

23/11/2017 19h35Atualizada em 23/11/2017 20h01

Após anunciar a suspensão da abertura de novos cursos de medicina no Brasil por cinco anos, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo não pretende tomar a mesma atitude com outros cursos superiores.

"Não há risco de que outros cursos sofram ou tenham que se submeter a medida semelhante", disse Mendonça Filho. 

Nesta quinta, o ministro também afirmou que o MEC ainda vai anunciar novas medidas acerca dos cursos de medicina no país "em breve", mas não forneceu mais detalhes.

A suspensão de novos cursos de medicina só será válida a partir da publicação de decreto sobre o assunto, previsto para dezembro. O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), representante de universidades privadas, se posicionou contra a medida e afirmou temer um “efeito cascata”. Segundo o sindicato, outras corporações profissionais podem vir a defender a suspensão de demais cursos.

Nova política pedagógica

As declarações de Mendonça Filho foram dadas em evento realizado nesta quinta no Palácio do Planalto, no qual o governo lançou a Política de Inovação Educação Conectada. Entre os objetivos da iniciativa estão acelerar o uso pedagógico de tecnologia nas escolas e avançar no acesso à internet de alta velocidade em todas as escolas públicas do país, urbanas e rurais, até 2024.

A maioria das instituções no Brasil já conta com acesso à internet, mas voltada à área administrativa e sem capacidade para que a ferramenta seja utilizada no dia a dia escolar.

Uma das ações da política é a implementação da Plataforma de Recursos Digitais Especiais (https://plataformaintegrada.mec.gov.br/home), espécie de banco de dados e rede social voltado à educação. O portal já está disponível e conta com conteúdos digitais de diferentes assuntos lecionados que poderão ser usados pelos professores nas salas de aula. Outra ação prevista é um plano de formação continuada para professores e gestores.

Na primeira fase do programa, até o final de 2018, quando termina o mandato de Temer, o governo tem como meta atingir 22,4 mil escolas e 12,8 milhões de alunos. Serão investidos R$ 271 milhões no período.