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Weintraub: Quarentena foi atabalhoada, mas não posso impor volta às aulas

7.mai.2020 - O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado - Marcelo Camargo/Agência Brasil
7.mai.2020 - O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

25/05/2020 20h46Atualizada em 25/05/2020 20h46

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, fez críticas às políticas de isolamento social e quarentena adotadas em alguns estados e municípios brasileiros para conter o avanço do novo coronavírus. Para o ministro, as iniciativas foram tomadas de forma desordenada e não levou em consideração as diferentes formas de evolução da pandemia nas regiões do País.

"Você pode falar o que você quiser, eu não aceito que você precise decretar uma quarentena tão violenta, levar todas as crianças de volta para casa ao mesmo tempo numa cidade como São Paulo, Guarulhos, Osasco. A pandemia não aconteceu simultaneamente. Você mandou para casa famílias e crianças antes do tempo, agora fica todo mundo desesperado", criticou.

As declarações foram feitas durante transmissão ao vivo com o deputado federal Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).

Weintraub reconheceu, porém, que não tem poder para obrigar a volta às aulas, uma vez que as escolas municipais e estaduais estão sob a tutela de prefeitos e governadores, respectivamente, enquanto reitores têm autonomia sobre as universidades.

"Em alguns casos, onde não tem coronavírus na cidade... Metade das cidades do Brasil ou não tem ou tem um ou dois casos [de covid-19]. Reabre parcial, devagar, vai vendo, acompanhando. Eu estou à disposição [para ajudar na volta à normalidade], mas preciso que os secretários tomem a iniciativa, não posso impor", completou.

Otimista, o ministro ainda disse acreditar que a crise vai passar e que o Brasil vai voltar ao normal no segundo semestre. Ele pediu que os estudantes "estudem e se preparem" para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) porque "a vida continua". "Foi um período surreal, mas com certeza a economia vai estar forte no final do ano", concluiu.