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Novo ministro do MEC deixará Comissão de Ética; ele já votou 'contra Moro'

Carla Araújo e Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

10/07/2020 18h33

O recém-nomeado ministro da Educação, Milton Ribeiro, terá que deixar a Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) para assumir o cargo. Na CEP, Ribeiro votou contra Sergio Moro, quando o ex-ministro da Justiça solicitou a permissão para escrever artigos para jornais e revistas.

Ribeiro foi nomeado para a CEP em 13 de maio do ano passado e tomou posse no dia 21 do mesmo mês. Seu mandato terminaria em 20 de maio de 2022.

A Comissão de Ética Pública existe desde 1999 e tem como objetivo "zelar pelo cumprimento do Código de Conduta da Alta Administração Federal e da Lei de Conflito de Interesses".

Repercussão

Um dos conselheiros que divide os trabalhos na CEP com Ribeiro, o atual Chefe da Casa Civil do Governo do Distrito Federal, Gustavo do Vale Rocha, elogiou a escolha do presidente Jair Bolsonaro.

"O Dr. Milton reúne todas as qualidades necessárias para o cargo. Certamente levará o MEC a um novo patamar", afirmou.

Rocha e Ribeiro foram recentemente votos vencidos na CEP em relação à autorização para o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, escrever artigos para jornais e revistas. A comissão acabou autorizando Moro a manter essa atividade.

Outro conselheiro, que foi inclusive presidente da CEP recentemente, Paulo Henrique Lucon, também elogiou a escolha de Ribeiro para o MEC. "O Dr. Milton é um excelente nome. Preparado. Com experiência. Sereno e boa pessoa", afirmou.