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Estudantes relatam salas lotadas e impedimento para fazer Enem

CAIO ROCHA/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: CAIO ROCHA/ESTADÃO CONTEÚDO

Arthur Stabile

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/01/2021 15h51Atualizada em 17/01/2021 16h27

Estudantes que realizaram o primeiro dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020 relataram que houve lotação dos locais onde o exame seria aplicado, além do impedimento para realizar o teste após a infração de regras. Uma concorrente de São Paulo deixou um local de aplicação duas horas depois de a prova começar por ter sido eliminada. Seu celular tocou durante a prova.

Sons do aparelho celular são um dos critérios de eliminação neste ano, mesmo que estejam guardados dentro do envelope que os fiscais distribuem antes da prova. Alarmes ou toques de ligação causam a desclassificação automática da pessoa.

O UOL corrige a prova a partir das 19h, em parceria com o Objetivo.

"Estou muito chateada, não quero falar, não", resumiu a mulher ao UOL. Sem se identificar, ela deixou o local da prova, na universidade Unip de Marquês de São Vicente, localizada na zona oeste da capital paulista, às 15h32.

Por outro lado, teve quem saiu cedo por ter considerado a prova fácil. É o caso de Larissa Evelin, 17. Estudante de escola pública, ela destacou uma série de questões envolvendo feminismo e violência contra a mulher. "Gostei disso".

A jovem definiu como alta a desistência em sua sala. "Pelo menos 50% não veio para a prova", estima.

Segundo Larissa, havia grande preocupação dos aplicadores quanto a higienização das pessoas.

"Foram bem cuidadosos, explicaram tudo com calma, perguntando se estávamos confortáveis. Me senti bem segura, pensei que seria o contrário", diz.

Larissa não é a única da família a prestar o Enem. Além dela, que busca vaga nas áreas de design gráfico ou psicológica, a mãe e o tio também fizeram a prova.

"Eu incentivei bastante os dois, minha mãe a fazer pedagogia e meu tio, algo na área de tecnologia", detalha. A família esteve no mesmo local de prova, na Unip Marques de São Vicente, na zona oeste da cidade de São Paulo.

Lotação dos locais de prova

A UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) compartilhou nas redes sociais o caso de uma estudante que foi impedida de fazer a prova por conta da lotação de um dos locais de prova do Enem 2020.

A estudante Isabela Carolina escreveu em seu perfil pessoal que após muita espera na fila para entrar na sala, não permitiram que ela realizasse o vestibular, porque havia sido ultrapassada a capacidade de 50% dos candidatos.

Outros estudantes também relataram casos similares envolvendo a lotação dos espaços em que a prova seria aplicada.

Enem 2020; veja fotos